22 de jul. de 2006

66 Ramatís











Quem é Ramatís?

Fonte: opúsculo Quem é Ramatís?
Editora do Conhecimento
Páginas: 2 à 7
Original: livro Mensagens do Astral
Edição: 13a e páginas 17 a 23

RAMATíS VIVEU NA INDOCHINA, NO SÉCULO X, E FOI instrutor em um dos inumeráveis santuários iniciáticos da Índia. Era de inteligência fulgurante e desencarnou bastante moço. Espírito muito experimentado nas lides reencarnacionistas, já se havia distinguido no século IV, tendo participado do ciclo ariano, nos acontecimentos que inspiraram o famoso poema hindu "Ramaiana". Foi adepto da tradição de Rama, naquela época, cultuando os ensinamentos do "Reino de Osíris", o senhor da Luz, na inteligência das coisas divinas. Mais tarde, no Espaço, filiou-se definitivamente a um grupo de trabalhadores espirituais, cuja insígnia, em linguagem ocidental, era conhecida sob a pitoresca denominação de "Templários das Cadeias do Amor". Trata-se de um agrupamento quase desconhecido nas colônias invisíveis do Além, junto à região do Ocidente, onde se dedica a trabalhos profundamente ligados à psicologia oriental. Os que lêem as mensagens de Ramatís, e estão familiarizados com o simbolismo do Oriente, bem sabem o que representa o nome "RAMA-TYS", ou "SWAMI SRI RAMA-TYS", como era conhecido nos santuários da época. É quase uma "chave", uma designação de hierarquia ou dinastia espiritual, que explica o emprego de certas expressões que transcendem às próprias formas objetivas.

Fomos informados de que, após significativa assembléia de altas entidades, realizada no Espaço, no século findo, na região do Oriente, procedeu-se à fusão entre duas importantes "Fraternidades" que dali operam em favor dos habitantes da Terra. Trata-se da "Fraternidade da Cruz", com certa ação no Ocidente (que divulga os ensinamentos de Jesus), e da "Fraternidade do Triângulo", ligada à tradição iniciática e espiritual do Oriente. Após a memorável fusão dessas duas Fraternidades Brancas, consolidaram-se melhor as características psicológicas e objetivo dos seus trabalhadores espirituais, alterando-se a denominação para "Fraternidade da Cruz e do Triângulo". Seus membros, no Espaço, usam vestes brancas, com cintos e emblemas de cor azul-clara esverdeada. Sobre o peito, trazem suspensa delicada corrente como que confeccionada em fina ourivesaria, na qual se ostenta um triângulo de suave lilás luminoso, emoldurando uma cruz lirial. É o símbolo que exalça, na figura da cruz alabastrina, a obra sacrificial de Jesus e, na efígie do triângulo, a mística oriental.

Asseguram-nos alguns mentores que todos os discípulos dessa Fraternidade que se encontram reencarnados na Terra são profundamente devotados às duas correntes espiritualistas: a oriental e a ocidental. Cultuam tanto os ensinamentos de Jesus, que foi o elo definitivo entre todos os instrutores terráqueos, tanto quanto os labores de Antúlio, de Hermes, de Buda, assim como os esforços de Confúcio e de Lao- Tsé. É esse um dos motivos pelos quais a maioria dos simpatizantes de Ramatís, na Terra, embora profundamente devotados à filosofia cristã, afeiçoam-se, também, com profundo respeito, à corrente espiritualista do Oriente.

Soubemos que da fusão das duas "Fraternidades" realizada no Espaço, surgiram extraordinários benefícios para a Terra. Alguns mentores espirituais passaram, então, a atuar no Ocidente, incumbindo-se mesmo da orientação de certos trabalhos espíritas, no campo mediúnico, enquanto que outros instrutores ocidentais passaram a atuar na Índia, no Egito, na China e em vários agrupamentos que até então eram exclusivamente supervisionados pela antiga Fraternidade do Triângulo. Os Espíritos orientais ajudam-nos agora em nossos labores, ao mesmo tempo em que os da nossa região interpenetram os agrupamentos doutrinários do Oriente, do que resulta ampliar-se o sentimento de fraternidade entre Oriente e Ocidente, bem como aumentar-se a oportunidade de reencarnações entre espíritos amigos.

Assim, processa-se um salutar intercâmbio de idéias e perfeita identificação de sentimentos no mesmo labor espiritual, embora se diferenciem os conteúdos psicológicos de cada hemisfério. Os orientais são lunares, meditativos, passivos e desinteressados geralmente da fenomenologia exterior; os ocidentais são dinâmicos, solarianos, objetivos e estudiosos dos aspectos transitórios da forma e do mundo dos Espíritos.

Os antigos fraternistas do "Triângulo" são exímios operadores com as "correntes terapêuticas azuis", que podem ser aplicadas como energia balsamizante aos sofrimentos psíquicos, cruciais, das vítimas de longas obsessões. As emanações do azul-claro, com nuanças para o esmeralda, além do efeito balsamizante, dissociam certos estigmas "pré- reencarnatórios" e que se reproduzem periodicamente nos veículos etéricos. Ao mesmo tempo, os fraternistas da "Cruz", conforme nos informa Ramatís, preferem operar com as correntes alaranjadas, vivas e claras, por vezes mescladas do carmim puro, visto que as consideram mais positivas na ação de aliviar o sofrimento psíquico. É de notar, entretanto, que, enquanto os técnicos ocidentais procuram eliminar de vez a dor, os terapeutas orientais, mais afeitos à crença no fatalismo cármico, da psicologia asiática, preferem exercer sobre os enfermos uma ação balsamizante, aproveitando o sofrimento para mais breve "queima" do carma. Eles sabem que a eliminação rápida da dor pode extinguir os efeitos, mas as causas continuam gerando novos padecimentos futuros. Preferem, então, regular o processo do sofrimento depurador, em lugar de sustá-lo provisoriamente. No primeiro caso, esgota-se o carma, embora demoradamente; no segundo, a cura é um hiato, uma prorrogação cármica.

Informa-nos Ramatís que, após certa disciplina iniciática, a que se submetera na China, fundou um pequeno templo iniciático na Índia, à margem da estrada principal que se perdia no território chinês. Nesse templo, procurou ele aplicar aos seus discípulos os conhecimentos adquiridos em inúmeras vidas anteriores. Na Atlântida foi contemporâneo, em uma existência, do Espírito que mais tarde seria conhecido pelo pseudônimo de Allan Kardec (o codificador do Espiritismo) que era profundamente dedicado à matemática e às chamadas ciências positivas. Posteriormente, em sua passagem pelo Egito, teve novo encontro com Kardec, que era então o sacerdote Amenófis, ao tempo do faraó Memeftá, filho de Ramsés.
O templo que Ramatís fundou foi erguido pelas mãos de seus primeiros discípulos e admiradores. Cada pedra da alvenaria recebeu o toque magnético e pessoal de seus futuros iniciados. Alguns deles estão reencamados atualmente em nosso mundo, e já reconheceram o antigo mestre Ramatís através desse toque misterioso, que não pode ser explicado a contento na linguagem humana. Sentem-no por vezes, e de tal modo, que as lágrimas lhes afioram aos olhos, num longo suspiro de saudade!

Embora tenha desencamado ainda moço, Ramatís pôde aliciar setenta e dois discípulos que, no entanto, após o desaparecimento do mestre, não puderam manter-se à altura do mesmo padrão iniciático original. Eram adeptos provindos de diversas correntes religiosas e espiritualistas do Egito, da Índia, da Grécia, da China e até da Arábia. Apenas dezessete conseguiram envergar a simbólica "túnica azul" e alcançar o último grau daquele ciclo iniciático. Os demais, seja por ingresso tardio, seja por menor capacidade de compreensão espiritual, não alcançaram a plenitude do conhecimento das disciplinas lecionadas pelo mestre. A não ser vinte e seis adeptos que estão no Espaço (desencamados) cooperando nos labores da "Cruz e do Triângulo", o restante disseminou-se pelo nosso orbe, em várias latitudes geográficas. Sabemos que dezoito reencamaram no Brasil; seis nas três Américas (do Sul, Central e do Norte) enquanto que os demais se espalharam pela Europa e, principalmente, pela Ásia.

Em virtude de estar a Europa atingindo o final de sua missão civilizadora, alguns dos discípulos lá reencamados emigrarão para o Brasil, em cujo território - afirma Ramatís - se encamarão os predecessores da generosa humanidade do terceiro milênio.

No templo que Ramatís fundou na Índia, esses discípulos desenvolveram seus conhecimentos sobre magnetismo, astrologia, clarividência, psicometria, radiestesia e assuntos quirológicos aliados à fisiologia do "duplo etérico". Os mais capacitados lograram êxito e poderes na esfera da fenomenologia mediúnica, dominando os fenômenos de levitação, ubiqüidade, vidência e psicografia de mensagens que os instrutores enviavam para aquele cenáculo de estudos espirituais. Mas o principal "toque pessoal" que Ramatís desenvolveu em seus discípulos, em virtude de compromisso que assumira para com a Fraternidade do Triângulo, foi o pendor universalista, a vocação fraterna, crística, para com todos os esforços alheios na esfera do espiritualismo. Ele nos adverte sempre de que os seus íntimos e verdadeiros admiradores são também incondicionalmente simpáticos a todos os trabalhos das diversas correntes religiosas do mundo. Revelam-se libertos de exclusivismo doutrinário ou de dogmatismos e devotam-se com entusiasmo a qualquer trabalho de unificação espiritual. O que menos os preocupa são as questões doutrinárias dos homens, porque estão imensamente interessados nos postulados crísticos.

Diz-nos textualmente Ramatís: - "Servem-lhes o ambiente do templo protestante, a abóbada da igreja católica, a mesa branca dos "Tatwas" esotéricos, os salões dos teosofistas, o labor fraternista "Rosa-Cruz", o acampamento krisnamurtiano, a penumbra da sessão espírita, o canto dos salvacionistas nas praças públicas, a ruidosidade da Umbanda, as posturas muçulmânicas, os lamentos mosaístas, o fatalismo budista, o silêncio dos iogues, o sincronismo dos cenáculos ou as estrofes mântricas dos iniciados. Não os preocupam os invólucros dos homens movendo-se para solucionar o mistério da vida; sentem a realidade contínua do espírito, que só lhes inspira o amor e a fraternidade, a qualquer momento e em qualquer local! Respeitam e compreendem a necessidade que os homens sentem de buscar a verdade, quando se situam em círculos doutrinários simpáticos, a fim de se exercitarem para os vôos crísticos do futuro. Não se adaptam, porém, a exclusivismo algum, e evitam que os postulados doutrinários lhes cerceiem a liberdade da razão".

Eis em resumo, prezado leitor, um relato sobre a figura de Ramatís, o Espírito que nos ditou esta obra e que sempre nos aconselha a que evitemos a ilusão separativista da forma, pois o sentido real da vida espiritual é o princípio coeso e eterno do amor crístico.

Ramatis se nos apresenta à visão psíquica com um traje um tanto exótico, composto de ampla capa aberta, descida até aos pés, com mangas largas e que lhe cobre a túnica ajustada por um largo cinto de um esmeraldino esverdeado. As calças são apertadas nos tornozelos, como as que usam os esquiadores. A tessitura de toda a veste é de seda branca, imaculada e brilhante, lembrando um maravilhoso lírio translúcido. Os sapatos, de cetim azul-esverdeado, são amarrados por cordões dourados que se enlaçam atrás, acima do calcanhar, à moda dos antigos gregos firmarem suas sandálias. Cobre-lhe a cabeça um singular turbante de muitas pregas ou refegos, encimado por cintilante esmeralda e ornamentado por cordões finos, de diversas cores, caídos sobre os ombros. Sobre o peito, uma corrente formada de pequeninos elos, de fina ourivesaria, da qual pende um triângulo de suave lilás luminoso, que emoldura uma delicada cruz alabastrina.

Essa indumentária é um misto de trajes orientais; tipo de vestuário mndu-cmnês, raríssimo, porque deriva de antigo modelo sacerdotal, muito usado nos santuários da desaparecida Atlântida. Os cordões que lhe pendem do turbante, flutuando sobre os ombros, são velhas insígnias de atividade iniciática: - a cor carmim indica o "Raio do Amor"; o amarelo o "Raio da Vontade"; o verde o "Raio da Sabedoria"e o azul o "Raio da Religiosidade". Um último cordão branco, que pudemos perceber, é o símbolo de liberdade reencarnatória.

Alguns videntes têm confundido Ramatís com o seu fiel discípulo do passado, que o acompanha no Espaço, também híndu-cmnês, conhecido por Fuh Planuh, e que aparece com o dorso nu, singelo turbante branco em torno da cabeça e, comumente, com os braços cruzados sobre o peito. É também um Espírito jovem na figura humana, embora conserve reduzida barba de cor escura, que lhe dá um ar mais sisudo.

Curitiba, 13 de maio de 1956
Hercílio Maes
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Outras obras de Ramatís editadas pela Editora do Conhecimento

Obras psicografadas por HERCíLIO MAES
♦ A Vida no Planeta Marte e os Discos Voadores - 1955
♦ Mensagens do Astral - 1956
♦ A Vida Além da Sepultura - 1957 . A Sobrevivência do Espírito - 1958
♦ Fisiologia da Alma - 1959
♦ Mediunismo - 1960
♦ Mediunidade de Cura - 1963
♦ O Sublime Peregrino - 1964
♦ Elucidaçães do Além - 1964
♦ Semeando e Colhendo - 1965
♦ A Missão do Espiritismo - 1967
♦ Magia de Redenção - 1967
♦ A Vida Humana e o Espírito Imortal - 1970
♦ O Evangelho à Luz do Cosmo - 1974
♦ Sob a Luz do Espiritismo [Obra póstuma) - 1999

Obras psicografadas por MARIA MARGARIDA LlGUORI
♦ O Homem e o Planeta Terra - 1999
♦ O Despertar da Consciência - 2000
♦ Jornada de Luz - 2001
♦ Em Busca da Luz Interior - 2001

Obra psicografada por AMÉRICA PAOLlELLO MARQUES
♦ Mensagens do Grande Coração - 1962

Obra psicografada por MÁRCIO GODINHO
♦ As Flores do Oriente - 2000

Obras psicografada por NORBERTO PEIXOTO
♦ Chama Crística - 2001
♦ Samadhi - 2002
♦ Evolução no Planeta Azul - 2003

Obras psicografadas por Beatriz Bergamo e Renato Ourique de Carvalho
Editora própria
♦ Gotas de Luz - Série Elucidações - 1996
♦ Gotas de Luz - O Orientador Espírita - 1998
♦ Gotas de Luz - Série Cursos - O Administrador Espírita - 1999
♦ Gotas de Luz - Série Cursos - Aprimoramento Evangélico - 2000
♦ Gotas de Luz - Série Cursos - Orientação a Desencarnados - 2000
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