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Mega-acelerador LHC começa a operar
Maior máquina do mundo faz com sucesso colisões de prótons em energia sem precedentes, para expandir fronteiras da física
Experimento levou 20 anos para ser montado e começar a fazer ciência; objetivo é estudar a origem do cosmo e achar a "partícula de Deus"
Denis Balibouse/Reuters
Imagem em tela mostra rastro de uma das colisões iniciais, ontem
RAFAEL GARCIA
LUCIANA COELHO
DE GENEBRA
JFSP31MAR2010A17
"Obrigado pela paciência", foram as palavras do engenheiro Lyn Evans aos jornalistas quando o acelerador de partículas LHC, o maior experimento da história da física, anunciou ontem ter feito dois prótons colidirem a uma energia de 7 TeV (teraelétron-volts).
O choque, o evento mais violento já produzido em laboratório, aniquilou instantaneamente esses dois objetos -núcleos de átomos de hidrogênio- e produziu uma série de outras partículas que foram deixando rastros de suas trajetórias em detectores especiais.
O aparecimento das figuras com linhas tortas nos computadores dos centros de controle do laboratório às 13h06 (8h06 em Brasília) foi seguido de aplausos e gestos eufóricos dos cientistas em comemoração. Evans, que chefiou o projeto durante a maior parte dessas duas décadas no Cern (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear), estava visivelmente emocionado. Ele foi um dos cerca de 10 mil cientistas envolvidos na empreitada, que levou 20 anos para começar efetivamente seu programa científico.
Dez anos depois
O LHC (Grande Colisor de Hádrons) fica na fronteira da Suíça com a França, num túnel circular de 27 km de circunferência ao norte de Genebra. Ao ser idealizado, em 1991, tinha sua conclusão prevista para o ano 2000, mas só dez anos depois conseguiu vencer todos os obstáculos técnicos e humanos para ter início. Com o sucesso ontem, superou seu último trauma: um acidente que danificara parte da máquina, fazendo-a parar em 2008.
O incidente, uma sobrecarga de energia, fez o Cern mudar de planos. A estreia de ontem só acelerou os prótons a metade da energia prevista, para evitar que o problema se repetisse.
Até o fim de 2011, o LHC vai operar aquém da capacidade, e só depois disso haverá uma pausa para aprimorar a máquina e prepará-la para colisões com energia máxima, 14 TeV. Nesse estágio, a densidade de energia das colisões será semelhante à que existiu momentos após o Big Bang, a explosão que originou o Universo -daí o acelerador ter sido apelidado "Máquina do Big Bang".
A expectativa de novas descobertas já nesse período, porém, é grande. O LHC já é três vezes e meia mais potente do que o Tevatron, o acelerador americano que, até ontem, era o mais poderoso do mundo.
"Quando as colisões foram registradas, vimos nos gráficos o sinal de que estamos agora em um novo regime de energia na física", afirmou Fabiola Gianotti, italiana que lidera o Atlas, o maior dos quatro detectores de partículas do LHC.
Com uma capacidade sem precedentes de criar partículas elementares a partir da energia das colisões, cientistas esperam poder confirmar previsões teóricas da física e estudar as condições iniciais do Universo.
O bóson de Higgs -entidade hipotética que ganhou o apelido de "partícula de Deus"- talvez seja a peça mais aguardada. Ele seria a partícula que confere massa a todas as outras.
A despeito do sucesso, os cientistas logo alertaram que descobertas como essa ainda podem levar meses.
Mais colisões
"Pode ser que o bóson de Higgs tenha surgido aqui agora, mas os físicos só poderão dizer isso após analisarem os dados acumulados de muitas colisões", explica Denis Damázio, engenheiro brasileiro do Atlas.
Ontem, uma hora depois do primeiro choque, o LHC já havia sido programado para produzir 40 colisões por segundo e continuou aumentando o ritmo. Depois de três horas de operação, encerrou os trabalhos do dia registrando meio milhão de eventos. Foi só uma amostra daquilo que poderá fazer se chegar à meta de produzir 800 colisões por segundo. Em se tratando de uma máquina da complexidade do LHC, porém, é difícil saber quando será possível atingir isso. Depois do acidente de 2008, cada nova ação ocorre em etapas.
Mesmo mobilizando uma grande estrutura para a imprensa cobrir o evento, o Cern evitou que uma "colisão com hora marcada" apressasse os cientistas. Os físicos trabalharam em seu ritmo, e os jornalistas tiveram de esperar sete horas para registrar o momento das colisões.
Steve Myers, diretor de aceleração do Cern, diz confiar em que um acidente como o de 2008 não se repetirá. "Deixamos o sistema de proteção da maquina tão sensível que ainda agora, quando injetamos o primeiro raio de prótons, o sistema achou que era uma saturação e desligou o raio", contou. Resolvido o problema e feitas as colisões, revelou como ele e seus colegas se sentiam: "Emocionados, entusiasmados, aliviados e muito felizes".
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe3103201001.htm
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http://sinapseslinks.blogspot.com/
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31 de mar. de 2010
A Partícula de Deus
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Maior máquina do mundo,
LHC começa hoje a produzir ciência
Choques de prótons em mega-acelerador poderão revelar a "partícula de Deus"
RAFAEL GARCIA
EM GENEBRA
JFSP 30MAR2010A16
O mega-acelerador de partículas LHC faria na madrugada de hoje as primeiras tentativas de colisões capazes de produzir ciência efetivamente inovadora. O experimento, que ganhou o apelido de "máquina do Big Bang", poderá então tentar detectar o bóson de Higgs, a partícula que confere massa às outras, segundo a teoria.
Tecnicamente, o acelerador está funcionando desde novembro, mas só agora as colisões entre prótons que são produzidas em seu túnel circular de 27 km chegam à energia de 7 TeV (teraelétron-volts), necessária às detecções.
A violência dos choques entre essas partículas, porém, ainda é metade daquela prevista para o projeto. Quando o LHC estiver pronto para colidir seus feixes de prótons a 14 TeV, será como como produzir um choque frontal de dois trens-bala num túnel mais estreito que um fio de cabelo. Isso só deve acontecer em 2012.
A agenda de experimentos foi mudada depois de um acidente em setembro de 2008. Uma sobrecarga de energia danificou vários dos ímãs supercondutores responsáveis por acelerar as partículas.
Depois de ficar no conserto por mais de um ano, o LHC vai rodar sua primeira etapa de experimentos colidindo prótons a 3,5 TeV. Físicos na sede do Cern (Organização Europeia de Física Nuclear), na fronteira da Suíça com a França, estão ansiosos para o início do trabalho.
"Temos tido já, de vez em quando, algumas colisões a 7 TeV, mas creio que não 100% estáveis", disse à Folha Denis Damázio, brasileiro que trabalha no Atlas, um dos grandes detectores do LHC. Segundo ele, os experimentos que vinham sendo feitos até a semana passada usavam apenas um "bunch" -um pequeno "vagão", quando se compara o feixe de prótons a um trem.
Tanto o Atlas quanto os outros grandes detectores -o CMS, Alice e o LHCb- trabalham de forma independente entre si. Quase todos eles já inauguraram sua produção científica. Os artigos publicados, porém, ainda tratam mais de aspectos técnicos, como calibração das máquinas.
Quando o feixe de prótons completo estiver circulando hoje, porém, os cientistas esperam que o Cern cumpra sua promessa de "abrir a maior janela para potenciais descobertas na física de partículas em uma década". Mesmo 7 TeV já são mais que o triplo da energia produzida pelo acelerador americano Tevatron, o melhor até o ano passado. Cientistas calculam que isso é mais do que suficiente para que de algumas colisões finalmente apareça o bóson de Higgs -a "partícula de Deus", apelido que desagrada a muitos físicos.
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe3003201004.htm
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Maior máquina do mundo,
LHC começa hoje a produzir ciência
Choques de prótons em mega-acelerador poderão revelar a "partícula de Deus"
RAFAEL GARCIA
EM GENEBRA
JFSP 30MAR2010A16
O mega-acelerador de partículas LHC faria na madrugada de hoje as primeiras tentativas de colisões capazes de produzir ciência efetivamente inovadora. O experimento, que ganhou o apelido de "máquina do Big Bang", poderá então tentar detectar o bóson de Higgs, a partícula que confere massa às outras, segundo a teoria.
Tecnicamente, o acelerador está funcionando desde novembro, mas só agora as colisões entre prótons que são produzidas em seu túnel circular de 27 km chegam à energia de 7 TeV (teraelétron-volts), necessária às detecções.
A violência dos choques entre essas partículas, porém, ainda é metade daquela prevista para o projeto. Quando o LHC estiver pronto para colidir seus feixes de prótons a 14 TeV, será como como produzir um choque frontal de dois trens-bala num túnel mais estreito que um fio de cabelo. Isso só deve acontecer em 2012.
A agenda de experimentos foi mudada depois de um acidente em setembro de 2008. Uma sobrecarga de energia danificou vários dos ímãs supercondutores responsáveis por acelerar as partículas.
Depois de ficar no conserto por mais de um ano, o LHC vai rodar sua primeira etapa de experimentos colidindo prótons a 3,5 TeV. Físicos na sede do Cern (Organização Europeia de Física Nuclear), na fronteira da Suíça com a França, estão ansiosos para o início do trabalho.
"Temos tido já, de vez em quando, algumas colisões a 7 TeV, mas creio que não 100% estáveis", disse à Folha Denis Damázio, brasileiro que trabalha no Atlas, um dos grandes detectores do LHC. Segundo ele, os experimentos que vinham sendo feitos até a semana passada usavam apenas um "bunch" -um pequeno "vagão", quando se compara o feixe de prótons a um trem.
Tanto o Atlas quanto os outros grandes detectores -o CMS, Alice e o LHCb- trabalham de forma independente entre si. Quase todos eles já inauguraram sua produção científica. Os artigos publicados, porém, ainda tratam mais de aspectos técnicos, como calibração das máquinas.
Quando o feixe de prótons completo estiver circulando hoje, porém, os cientistas esperam que o Cern cumpra sua promessa de "abrir a maior janela para potenciais descobertas na física de partículas em uma década". Mesmo 7 TeV já são mais que o triplo da energia produzida pelo acelerador americano Tevatron, o melhor até o ano passado. Cientistas calculam que isso é mais do que suficiente para que de algumas colisões finalmente apareça o bóson de Higgs -a "partícula de Deus", apelido que desagrada a muitos físicos.
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe3003201004.htm
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30 de mar. de 2010
29 de mar. de 2010
Nossos Entes Queridos
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Nossos Entes Queridos
Francisco Cândido Xavier/ Emmanuel
♡
Um ponto importante nas relações afetivas: a nossa atitude para com os entes amados.
♡
Habitualmente, em nossa dedicação, somos tentados a escolher caminhos que supomos devam eles trilhar.
♡
Inclinação esta mais do que justa, porquanto muito institivamente desejamos para os outros alegrias semelhantes às nossas.
♡
Urge considerar, entretanto, que Deus não dá cópias.
♡
Dos pés à cabeça e de braço a braço, cada criatura é um mundo em si, gravitando para determinadas metas evolutivas, em órbitas diferentes.
♡
Em face disso, cada pessoa possui necessidades originais e tem o passo marcado em ritmo diverso.
♡
A vida, como sucede à escola, é igual para todos nos valores do tempo; no entanto, cada aprendiz da experiência humana, qual ocorre no educandário, estagia provisoriamente em determinado caminho de lições.
♡
Aquele companheiro terá tomado corpo na Terra a fim de casar-se e constituir família; outro, porém, ter-se-á incorporado no plano físico para a geração de obras espirituais com imperativos de serviço muito diferentes daqueles da procriação propriamente considerada.
♡
Esta irmã terá nascido no mundo para a formação de filhos destinados à sustentação da vida planetária; aquela outra, todavia, terá vindo ao campo dos humanos, a fim de servir a causas generosas em regime de celibato.
♡
Cada coração pulsa em faixa específica de interesses afetivos.
♡
Cada pessoa se ajusta a certa função, compreendendo assim, sempre que a nossa ternura se proponha traçar caminhos para os entes amados, saibamos consagrar-lhes, em silêncio, respeitoso carinho...
♡
E, se quisermos auxiliá-los, oremos por eles, rogando à Sabedoria Divina os inspire e ilumine, de vez que só Deus sabe no íntimo de nós todos aquilo que mais convém ao burilamento e à felicidade de cada um...
♡
Colaboração:
Daniela Marchi
Araçatuba-SP
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Nossos Entes Queridos
Francisco Cândido Xavier/ Emmanuel
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Um ponto importante nas relações afetivas: a nossa atitude para com os entes amados.
♡
Habitualmente, em nossa dedicação, somos tentados a escolher caminhos que supomos devam eles trilhar.
♡
Inclinação esta mais do que justa, porquanto muito institivamente desejamos para os outros alegrias semelhantes às nossas.
♡
Urge considerar, entretanto, que Deus não dá cópias.
♡
Dos pés à cabeça e de braço a braço, cada criatura é um mundo em si, gravitando para determinadas metas evolutivas, em órbitas diferentes.
♡
Em face disso, cada pessoa possui necessidades originais e tem o passo marcado em ritmo diverso.
♡
A vida, como sucede à escola, é igual para todos nos valores do tempo; no entanto, cada aprendiz da experiência humana, qual ocorre no educandário, estagia provisoriamente em determinado caminho de lições.
♡
Aquele companheiro terá tomado corpo na Terra a fim de casar-se e constituir família; outro, porém, ter-se-á incorporado no plano físico para a geração de obras espirituais com imperativos de serviço muito diferentes daqueles da procriação propriamente considerada.
♡
Esta irmã terá nascido no mundo para a formação de filhos destinados à sustentação da vida planetária; aquela outra, todavia, terá vindo ao campo dos humanos, a fim de servir a causas generosas em regime de celibato.
♡
Cada coração pulsa em faixa específica de interesses afetivos.
♡
Cada pessoa se ajusta a certa função, compreendendo assim, sempre que a nossa ternura se proponha traçar caminhos para os entes amados, saibamos consagrar-lhes, em silêncio, respeitoso carinho...
♡
E, se quisermos auxiliá-los, oremos por eles, rogando à Sabedoria Divina os inspire e ilumine, de vez que só Deus sabe no íntimo de nós todos aquilo que mais convém ao burilamento e à felicidade de cada um...
♡
Colaboração:
Daniela Marchi
Araçatuba-SP
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28 de mar. de 2010
Não acredito em Deus
*
Sobre a crença e a ciência
Respeito os que creem.
A ciência não tem agenda contra a religião
A pergunta que mais me fazem quando dou palestras, ou mesmo quando me mandam e-mails, é se acredito em Deus. Quando respondo que não acredito, vejo um ar de confusão, às vezes até de medo, no rosto da pessoa: "Mas como o senhor consegue dormir à noite?".
Não há nada de estranho em perguntar a um cientista sobre suas crenças. Afinal, ao seguirmos a velha rixa entre a ciência e a religião, vemos que, à medida em que a ciência foi progredindo, foi também ameaçando a presença de Deus no mundo. Mesmo o grande Newton via um papel essencial para Deus na natureza: Ele interferia para manter o cosmo em xeque, de modo que os planetas não desenvolvessem instabilidades e acabassem todos amontoados no centro, junto ao Sol. Porém, logo ficou claro que esse Deus era desnecessário, que a natureza podia cuidar de si mesma. O Deus que interferia no mundo transformou-se no Deus criador: após criar o mundo, deixou-o à mercê de suas leis.
Mas, nesse caso, o que seria de Deus? Se essa tendência continuasse, a ciência tornaria Deus desnecessário?
Foi dessa tensão que surgiu a crença de que a agenda da ciência é roubar Deus das pessoas. Um número espantoso de pessoas acha mesmo que esse é o objetivo dos cientistas, acabar com a crença de todo mundo. Os livros de Richard Dawkins e outros cientistas ateus militantes, que acusam os que creem de viverem num estado de delírio permanente, não ajudam em nada a situação. Mas será isso mesmo o que a ciência pretende? Será que esses fundamentalistas ateus falam por todos os cientistas?
De modo algum. Eu conheço muitos cientistas religiosos, que não veem qualquer conflito entre a sua ciência e a sua crença. Para eles, quanto mais entendem o Universo, mais admiram a obra do seu Deus. (São vários.) Mesmo que essa não seja a minha posição, respeito os que creem. A ciência não tem uma agenda contra a religião. Ela se propõe simplesmente a interpretar a natureza, expandindo nosso conhecimento do mundo natural. Sua missão é aliviar o sofrimento humano, aumentando o conforto das pessoas, desenvolvendo técnicas de produção avançadas, ajudando no combate às doenças. O "resto", a bagagem humana que acompanha e inspira o conhecimento (e que às vezes o atravanca), não vem da ciência como corpo de saber, mas dos homens e das mulheres que se dedicam ao seu estudo.
É óbvio que, como já afirmava Einstein, crer num Deus que interfere nos afazeres humanos é incompatível com a visão da ciência de que a natureza procede de acordo com leis que, bem ou mal, podemos compreender. O problema se torna sério quando a religião se propõe a explicar fenômenos naturais; dizer que o mundo tem menos de 7.000 anos ou que somos descendentes diretos de Adão e Eva, que, por sua vez, foram criados por Deus, é equivalente a viver no século 16 ou antes disso. A insistência em negar os avanços e as descobertas da ciência é, francamente, inaceitável. Por exemplo, um número enorme de pessoas se recusa a aceitar que o homem pousou na Lua. Quando ouço isso, fico horrorizado. Esse feito, como tantos outros, deveria ser celebrado como um dos marcos da civilização, motivo de orgulho para todos nós.
Podemos dizer que existem dois tipos de pessoa: os naturalistas e os sobrenaturalistas. Os sobrenaturalistas veem forças ocultas por trás dos afazeres dos homens, vivendo escravizados por medos apocalípticos e crenças inexplicáveis. Os naturalistas aceitam que nunca teremos todas as respostas.
Mas, em vez de temer o desconhecido, abraçam essa ignorância como um desafio e não uma prisão. É por isso que eu durmo bem à noite.
MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA) e autor do livro "Criação Imperfeita"
*
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2803201003.htm
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Sobre a crença e a ciência
Respeito os que creem.
A ciência não tem agenda contra a religião
A pergunta que mais me fazem quando dou palestras, ou mesmo quando me mandam e-mails, é se acredito em Deus. Quando respondo que não acredito, vejo um ar de confusão, às vezes até de medo, no rosto da pessoa: "Mas como o senhor consegue dormir à noite?".
Não há nada de estranho em perguntar a um cientista sobre suas crenças. Afinal, ao seguirmos a velha rixa entre a ciência e a religião, vemos que, à medida em que a ciência foi progredindo, foi também ameaçando a presença de Deus no mundo. Mesmo o grande Newton via um papel essencial para Deus na natureza: Ele interferia para manter o cosmo em xeque, de modo que os planetas não desenvolvessem instabilidades e acabassem todos amontoados no centro, junto ao Sol. Porém, logo ficou claro que esse Deus era desnecessário, que a natureza podia cuidar de si mesma. O Deus que interferia no mundo transformou-se no Deus criador: após criar o mundo, deixou-o à mercê de suas leis.
Mas, nesse caso, o que seria de Deus? Se essa tendência continuasse, a ciência tornaria Deus desnecessário?
Foi dessa tensão que surgiu a crença de que a agenda da ciência é roubar Deus das pessoas. Um número espantoso de pessoas acha mesmo que esse é o objetivo dos cientistas, acabar com a crença de todo mundo. Os livros de Richard Dawkins e outros cientistas ateus militantes, que acusam os que creem de viverem num estado de delírio permanente, não ajudam em nada a situação. Mas será isso mesmo o que a ciência pretende? Será que esses fundamentalistas ateus falam por todos os cientistas?
De modo algum. Eu conheço muitos cientistas religiosos, que não veem qualquer conflito entre a sua ciência e a sua crença. Para eles, quanto mais entendem o Universo, mais admiram a obra do seu Deus. (São vários.) Mesmo que essa não seja a minha posição, respeito os que creem. A ciência não tem uma agenda contra a religião. Ela se propõe simplesmente a interpretar a natureza, expandindo nosso conhecimento do mundo natural. Sua missão é aliviar o sofrimento humano, aumentando o conforto das pessoas, desenvolvendo técnicas de produção avançadas, ajudando no combate às doenças. O "resto", a bagagem humana que acompanha e inspira o conhecimento (e que às vezes o atravanca), não vem da ciência como corpo de saber, mas dos homens e das mulheres que se dedicam ao seu estudo.
É óbvio que, como já afirmava Einstein, crer num Deus que interfere nos afazeres humanos é incompatível com a visão da ciência de que a natureza procede de acordo com leis que, bem ou mal, podemos compreender. O problema se torna sério quando a religião se propõe a explicar fenômenos naturais; dizer que o mundo tem menos de 7.000 anos ou que somos descendentes diretos de Adão e Eva, que, por sua vez, foram criados por Deus, é equivalente a viver no século 16 ou antes disso. A insistência em negar os avanços e as descobertas da ciência é, francamente, inaceitável. Por exemplo, um número enorme de pessoas se recusa a aceitar que o homem pousou na Lua. Quando ouço isso, fico horrorizado. Esse feito, como tantos outros, deveria ser celebrado como um dos marcos da civilização, motivo de orgulho para todos nós.
Podemos dizer que existem dois tipos de pessoa: os naturalistas e os sobrenaturalistas. Os sobrenaturalistas veem forças ocultas por trás dos afazeres dos homens, vivendo escravizados por medos apocalípticos e crenças inexplicáveis. Os naturalistas aceitam que nunca teremos todas as respostas.
Mas, em vez de temer o desconhecido, abraçam essa ignorância como um desafio e não uma prisão. É por isso que eu durmo bem à noite.
MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA) e autor do livro "Criação Imperfeita"
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27 de mar. de 2010
26 de mar. de 2010
Atitudes Benditas
*
Atitudes Benditas
✦
Acordar
Decida ter um bom dia. Então, ao abrir os olhos e espreguiçar o corpo, agradeça a Deus pela noite de sono e por ter acordado para um novo dia.
"Este dia foi especialmente preparado pelo Senhor; vamos nos alegrar, vamos festejar por causa dele."
(Sl 118:24)
✦
Vestir
Vista-te, em primeiro lugar, de bom humor, de um sorriso agradável, de uma esperança renovada; senão, não vai adiantar escolher uma bela e elegante roupa se a face não estiver condizente.
“O Senhor não vê como o homem:
o homem vê o exterior,
o Senhor vê o coração."
(I Sm 16:7)
✦
Lavar as mãos e o rosto
Lavar as mãos e o rosto não é somente uma atitude de higiene corporal, mas de higiene espiritual. Este ato contribui para lavar os olhos que choraram de tristeza. Ao lavar o rosto jogue esses sentimentos que trazem angústia pelo ralo.
“Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos... Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado.”
(Is. 1:16 e Sl. 51:2)
✦
Falar
Quando falar, pronuncie palavras que abençoe a vida de alguém; se vai repreender alguém, faça-o com amor e sabedoria; fale o necessário e somente quando tiver algo de bom a acrescentar.
“Irmãos, não faleis mal uns dos outros.
Quem toma cuidado com o que diz está protegendo a sua própria vida...
O mexeriqueiro espalha os segredos; por isso fique longe de quem fala demais.”
(Tg. 4:11; Pv 13:3 e 20:19)
✦
Calar
Saber falar é sábio; mas saber calar é divino. Neste dia, cala-te para não ferir; cala-te para não julgar; cala-te para não pecar. O Senhor Deus nos deu dois ouvidos e uma boca, com o propósito de ouvirmos mais e falarmos menos.
“...tempo de estar calado e tempo de falar. Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios”
(Ec. 3:7 e Sl. 141:3
✦
Erguer a cabeça
Estar triste é normal, mas viver triste não é atitude daquele que crê em Jesus. Ergue, agora, a tua cabeça e contemple o céu. Veja, sinta e alegra-te com esta maravilha que Deus, hoje, te proporcionou. Não esqueça, Jesus venceu o mundo para te dar vitória.
“tudo posso n’Aquele que me fortalece“
(Fp. 4:13)
✦
Esforçar
As pessoas têm sonhos a alcançar, planos a realizar e projetos a concretizar.
Esforça-te em tua caminhada.
“No mundo tereis aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. Confia no Senhor Reconheça-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas."
(João 16:33 e Pv 3:5-6)
✦
Posicionar
Tomar uma posição na vida é buscar aquilo que dá sentido a ela. Posiciona o teu sonho ou projeto em direção Aquele que pode realizá-lo; posiciona a tua fé n’Aquele que te ama mais do que imaginas; posiciona-te perante Aquele que te fez, para receberes as bênçãos prometidas. Posiciona-te aos pés de Jesus Cristo e espera n’Ele que, tudo o mais, Ele fará.
"E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos."
(Gl 6,9-10;)
✦
Orar
Orar é conversar com Jesus, fale com Ele que está com os ouvidos atentos, os olhos abertos e as mãos estendida à oração que fizeres. Ele é o melhor Amigo, que não cansa de te ouvir; Ele é o Pai mais amoroso, que faz o impossível para te abençoar; Ele é o Companheiro mais fiel, que está do teu lado em todos os momento; Ele é o Senhor dos céus e da terra, que criou tudo para te fazer feliz; Ele é o Deus Todo-Poderoso, que tudo pode, tudo vê, tudo sabe e nunca te abandonará.
"Não andeis ansiosos por coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica"
(Fl 4:6)
✦
Crer
Creia que terás um dia abençoado, e terás.
Creia que irás consolar um coração aflito, e consolarás. Creia que dar é melhor que receber, e receberás muito mais do que tens pedido ou imaginado.
“Não temas, crê somente. Tudo é possível ao que crê. (...) quando em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco.
(Mc. 5:36; 9:23; 11:24; )
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Que Deus derrame sobre ti e em todas as áreas de tua vida a graça e a paz;
que tua semana seja, verdadeira, rica e abundantemente abençoada!
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Colaboração:
Telma Canettieri Ferrari
Pindamonhangaba-SP
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Atitudes Benditas
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Acordar
Decida ter um bom dia. Então, ao abrir os olhos e espreguiçar o corpo, agradeça a Deus pela noite de sono e por ter acordado para um novo dia.
"Este dia foi especialmente preparado pelo Senhor; vamos nos alegrar, vamos festejar por causa dele."
(Sl 118:24)
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Vestir
Vista-te, em primeiro lugar, de bom humor, de um sorriso agradável, de uma esperança renovada; senão, não vai adiantar escolher uma bela e elegante roupa se a face não estiver condizente.
“O Senhor não vê como o homem:
o homem vê o exterior,
o Senhor vê o coração."
(I Sm 16:7)
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Lavar as mãos e o rosto
Lavar as mãos e o rosto não é somente uma atitude de higiene corporal, mas de higiene espiritual. Este ato contribui para lavar os olhos que choraram de tristeza. Ao lavar o rosto jogue esses sentimentos que trazem angústia pelo ralo.
“Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos... Lava-me completamente da minha iniqüidade e purifica-me do meu pecado.”
(Is. 1:16 e Sl. 51:2)
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Falar
Quando falar, pronuncie palavras que abençoe a vida de alguém; se vai repreender alguém, faça-o com amor e sabedoria; fale o necessário e somente quando tiver algo de bom a acrescentar.
“Irmãos, não faleis mal uns dos outros.
Quem toma cuidado com o que diz está protegendo a sua própria vida...
O mexeriqueiro espalha os segredos; por isso fique longe de quem fala demais.”
(Tg. 4:11; Pv 13:3 e 20:19)
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Calar
Saber falar é sábio; mas saber calar é divino. Neste dia, cala-te para não ferir; cala-te para não julgar; cala-te para não pecar. O Senhor Deus nos deu dois ouvidos e uma boca, com o propósito de ouvirmos mais e falarmos menos.
“...tempo de estar calado e tempo de falar. Põe guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios”
(Ec. 3:7 e Sl. 141:3
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Erguer a cabeça
Estar triste é normal, mas viver triste não é atitude daquele que crê em Jesus. Ergue, agora, a tua cabeça e contemple o céu. Veja, sinta e alegra-te com esta maravilha que Deus, hoje, te proporcionou. Não esqueça, Jesus venceu o mundo para te dar vitória.
“tudo posso n’Aquele que me fortalece“
(Fp. 4:13)
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Esforçar
As pessoas têm sonhos a alcançar, planos a realizar e projetos a concretizar.
Esforça-te em tua caminhada.
“No mundo tereis aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. Confia no Senhor Reconheça-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas."
(João 16:33 e Pv 3:5-6)
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Posicionar
Tomar uma posição na vida é buscar aquilo que dá sentido a ela. Posiciona o teu sonho ou projeto em direção Aquele que pode realizá-lo; posiciona a tua fé n’Aquele que te ama mais do que imaginas; posiciona-te perante Aquele que te fez, para receberes as bênçãos prometidas. Posiciona-te aos pés de Jesus Cristo e espera n’Ele que, tudo o mais, Ele fará.
"E não nos cansemos de fazer o bem, pois no tempo próprio colheremos, se não desanimarmos."
(Gl 6,9-10;)
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Orar
Orar é conversar com Jesus, fale com Ele que está com os ouvidos atentos, os olhos abertos e as mãos estendida à oração que fizeres. Ele é o melhor Amigo, que não cansa de te ouvir; Ele é o Pai mais amoroso, que faz o impossível para te abençoar; Ele é o Companheiro mais fiel, que está do teu lado em todos os momento; Ele é o Senhor dos céus e da terra, que criou tudo para te fazer feliz; Ele é o Deus Todo-Poderoso, que tudo pode, tudo vê, tudo sabe e nunca te abandonará.
"Não andeis ansiosos por coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica"
(Fl 4:6)
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Crer
Creia que terás um dia abençoado, e terás.
Creia que irás consolar um coração aflito, e consolarás. Creia que dar é melhor que receber, e receberás muito mais do que tens pedido ou imaginado.
“Não temas, crê somente. Tudo é possível ao que crê. (...) quando em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco.
(Mc. 5:36; 9:23; 11:24; )
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Que Deus derrame sobre ti e em todas as áreas de tua vida a graça e a paz;
que tua semana seja, verdadeira, rica e abundantemente abençoada!
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Colaboração:
Telma Canettieri Ferrari
Pindamonhangaba-SP
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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Relógio do Coração
*
Relógio do Coração
"Tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de abraçar e tempo de afastar-se; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz." (Eclesiastes)
*
Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente.
Há semanas que duraram anos, como há anos que não contaram um dia.
Há paixões que foram eternas, como há amigos que passaram céleres, apesar do calendário nos mostrar que ficaram por anos em nossas agendas.
Há amores não realizados que deixaram olhares de meses, e beijos não dados que até hoje esperam o desfecho.
Há trabalhos que nos tomaram décadas de nosso tempo na Terra, mas que nossa memória insiste em contá-los como semanas.
E há casamentos que, ao olhar para trás, mal preenchem os feriados da folhinha.
Há tristezas que nos paralisaram por meses, mas que hoje, passados os dias difíceis, mal guardamos lembrança de horas.
Há eventos que marcaram, e que duram para sempre o nascimento do filho, a morte da avó, a viagem inesquecível, o êxtase do sonho realizado.
Estes têm a duração que nos ensina o significado da palavra “eternidade”.
Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes, e na maioria das vezes o tempo transcorrido foi o mesmo.
Mas conforme meu espírito, houve viagem que não teve fim até hoje, como há percurso que nem me lembro de ter feito, tão feliz estava eu na ocasião.
O relógio do coração hoje descubro, bate noutra freqüência daquele que carrego no pulso.
Marca um tempo diferente, de emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da gente.
Por este relógio, velhice é coisa de quem não conseguiu esticar o tempo que temos no mundo.
É olhar as rugas e não perceber a maturidade.
É pensar antes naquilo que não foi feito, ao invés de se alegrar e sorrir com as lembranças do que viveu.
Pense nisso.
E consulte sempre o relógio do coração: ele lhe mostrará o verdadeiro tempo do mundo.
O tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Mario Quintana.
"O presente é a sombra que se move separando o ontem do amanhã.
Nele repousa a esperança." (Frank Lloyd Wright)
"O tempo foi algo que inventaram para que as não acontecessem todas de uma vez."
*
Colaboração:
Mário Leal Filho - São Paulo-SP
*
Publicado em: Sinapseslinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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Relógio do Coração
"Tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de abraçar e tempo de afastar-se; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz." (Eclesiastes)
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Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente.
Há semanas que duraram anos, como há anos que não contaram um dia.
Há paixões que foram eternas, como há amigos que passaram céleres, apesar do calendário nos mostrar que ficaram por anos em nossas agendas.
Há amores não realizados que deixaram olhares de meses, e beijos não dados que até hoje esperam o desfecho.
Há trabalhos que nos tomaram décadas de nosso tempo na Terra, mas que nossa memória insiste em contá-los como semanas.
E há casamentos que, ao olhar para trás, mal preenchem os feriados da folhinha.
Há tristezas que nos paralisaram por meses, mas que hoje, passados os dias difíceis, mal guardamos lembrança de horas.
Há eventos que marcaram, e que duram para sempre o nascimento do filho, a morte da avó, a viagem inesquecível, o êxtase do sonho realizado.
Estes têm a duração que nos ensina o significado da palavra “eternidade”.
Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes, e na maioria das vezes o tempo transcorrido foi o mesmo.
Mas conforme meu espírito, houve viagem que não teve fim até hoje, como há percurso que nem me lembro de ter feito, tão feliz estava eu na ocasião.
O relógio do coração hoje descubro, bate noutra freqüência daquele que carrego no pulso.
Marca um tempo diferente, de emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da gente.
Por este relógio, velhice é coisa de quem não conseguiu esticar o tempo que temos no mundo.
É olhar as rugas e não perceber a maturidade.
É pensar antes naquilo que não foi feito, ao invés de se alegrar e sorrir com as lembranças do que viveu.
Pense nisso.
E consulte sempre o relógio do coração: ele lhe mostrará o verdadeiro tempo do mundo.
O tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Mario Quintana.
"O presente é a sombra que se move separando o ontem do amanhã.
Nele repousa a esperança." (Frank Lloyd Wright)
"O tempo foi algo que inventaram para que as não acontecessem todas de uma vez."
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Colaboração:
Mário Leal Filho - São Paulo-SP
*
Publicado em: Sinapseslinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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25 de mar. de 2010
24 de mar. de 2010
João de Deus
*
Médium Max
Com placas e cardápios em inglês, cidade de 12 mil habitantes, a pouco mais de cem km de Brasília, hospeda espírita que atrai pessoas do mundo todo em busca de cura de doenças as mais variadas
Na rua do centro espírita, as lojas vendem suvenires como a camisa da seleção brasileira
VINICIUS SASSINE
COLABORAÇÃO PARA A
AGÊNCIA FOLHA,
EM ABADIÂNIA (GO)
JFSP 21MAR2010MAIS5
A entidade chama: "Este aqui chegou como louco, já tomou 22 eletrochoques".
Depois, quer que os mais próximos ouçam o relato de uma mulher. "Por que você veio até aqui?", pergunta.
"Porque eu não conseguia engravidar. A gravidez só "segurou" por sua causa", responde a gaúcha de Cruz Alta (RS), pela segunda vez em Abadiânia, no interior de Goiás.
É a vez de uma paciente grega, que retornou ao Brasil para agradecer pela cirurgia realizada na última vez em que esteve na cidade. "Os médicos retiravam o tumor, mas ele voltava e sangrava."
As conversas, sempre curtas, duram o dia inteiro no centro espírita Dom Inácio Loiola, conhecido como Casa de Dom Inácio. Uma multidão de enfermos se enfileira para ver e manifestar seus problemas a João de Deus.
Ou, melhor, a uma das mais de 30 entidades que a equipe do centro espírita diz que João recebe, entre elas o espírito do médico sanitarista brasileiro Osvaldo Cruz, morto no início do século passado.
João Teixeira Farias, de 68 anos, o João de Deus, contradiz a própria equipe. Não é espírita nem recebe tantas entidades, segundo ele. "Tenho uma missão apenas."
João de Deus é John of God para a grande maioria das pessoas que passam as quartas, quintas e sextas-feiras na Casa Dom Inácio. Europeus, norte-americanos e asiáticos, nessa ordem, descobriram Abadiânia, uma cidade de 12 mil habitantes a 88 quilômetros de Goiânia e a pouco mais de 100 quilômetros de Brasília.
Cirurgias espirituais
Eles são maioria na busca pela cura que a medicina não obteve. Conduzem rituais de oração e "cirurgias espirituais", muitas delas com incisões carregadas de misticismo para retirada de nódulos, cistos e outras partes doentes do corpo.
Vestem branco. Passam horas sentados, de olhos fechados. Esperam a vez da conversa ou da "cirurgia" com João de Deus.
A Casa Dom Inácio recebe, por dia, entre 600 e 800 pessoas que, de alguma maneira (principalmente pela boca de amigos), ficaram sabendo da existência de João de Deus.
Chegam, identificam a fila onde devem entrar da primeira vez, a da "cirurgia", a fila do retorno e já decidem ali, frente à frente com o médium, qual será o procedimento adotado.
Na quarta-feira passada, uma única pessoa fez a cirurgia com cortes.
"Ele retirou com um bisturi os caroços que eu tinha perto do peito", conta o empresário de Salvador (BA) Marcos Falcão, 46, enquanto se recuperava numa maca da enfermaria. "Sangrou, mas não senti dor."
Outras 150 pessoas fizeram as "cirurgias espirituais", sem incisões no corpo.
Foi assim que o estudante paulista Robert Hoffman, 22, diz ter se curado de um tumor benigno no cérebro. Robert fez a cirurgia espiritual na Casa Dom Inácio em 5/2.
No Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o tumor de cinco centímetros foi retirado sete dias depois.
"Não fiquei nem uma semana no hospital, e sem sequelas, como os médicos chegaram a dizer no início", afirmou.
O centro espírita já registrou a presença de estrangeiros de 22 países. São principalmente pessoas com deficiências físicas ou com problemas graves de saúde, como esclerose múltipla e câncer. "Tenho esperança de ser curado", diz o italiano Pietro de Maria, 38, paraplégico desde 1995 por causa de um acidente de moto. "Vou ser operado na semana que vem."
O suíço Raymond Gallaz, 55, conta ter dispensado a cadeira de rodas que Pietro ainda usa por causa de João de Deus.
É a quarta vez do suíço em Abadiânia. "Não preciso mais da cadeira."
Os voluntários de João de Deus são os mesmos que organizam as caravanas com os estrangeiros rumo a Abadiânia. Eles negociam a hospedagem entre os voluntários, são proprietários de dezenas de pousadas e hotéis na cidade e trabalham como tradutores ou guias na Casa Dom Inácio -um lugar amplo, com diversos espaços para cirurgias, orações, farmácia, enfermaria e sala de espera.
TV de plasma
Na rua do centro espírita, as lojas vendem suvenires como a camisa da seleção brasileira de futebol. As placas das pousadas e os cardápios das lanchonetes são em inglês. Muitas casas são alugadas pelos visitantes de outros países, que passam meses, anos ou até uma vida inteira em Abadiânia.
É é o caso de um francês que se casou com uma brasileira nascida na cidade. Na parede da casa, pintou uma mensagem que fala em cura na Casa Dom Inácio.
Questionado sobre a razão de tantos estrangeiros o procurarem, João de Deus diz que são os "trabalhos realizados por mais de 30 anos". Ele dá respostas curtas às acusações que já enfrentou, principalmente de charlatanismo. "Para mim, tudo é normal."
Ele viaja todos os anos para Nova York (EUA), onde mantém uma Casa Dom Inácio. Já esteve também na Nova Zelândia, na Alemanha, em Portugal e na Grécia.
Em cada atendimento, o médium ouve seu seguidor e anota num papel o medicamento necessário ao tratamento espiritual.
É uma essência de passiflora, produzida na farmácia do centro espírita e vendida por R$ 60. Banhos de cristal, suvenires e água fluidificada também são vendidos por sua equipe.
O centro recebe diversas doações, em dinheiro ou produtos. "Não cobramos dízimo", provoca o médium. Mas uma placa exibida em uma das salas do centro -ao lado de uma TV de plasma que transmite continuamente sessões gravadas de cirurgias sempre com incisões conduzidas pelo médium- lembra: "All donation welcome".
*
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2103201009.htm
*
Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
*
Veja também: (06fev2009)
http://sinapseslinks.blogspot.com/2009/02/joao-de-deus.html
*
Veja também: (14out2008)
http://sinapseslinks.blogspot.com/2008/10/mediunidade-de-cura-osvaldo-shimoda-no.html
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Médium Max
Com placas e cardápios em inglês, cidade de 12 mil habitantes, a pouco mais de cem km de Brasília, hospeda espírita que atrai pessoas do mundo todo em busca de cura de doenças as mais variadas
Na rua do centro espírita, as lojas vendem suvenires como a camisa da seleção brasileira
VINICIUS SASSINE
COLABORAÇÃO PARA A
AGÊNCIA FOLHA,
EM ABADIÂNIA (GO)
JFSP 21MAR2010MAIS5
A entidade chama: "Este aqui chegou como louco, já tomou 22 eletrochoques".
Depois, quer que os mais próximos ouçam o relato de uma mulher. "Por que você veio até aqui?", pergunta.
"Porque eu não conseguia engravidar. A gravidez só "segurou" por sua causa", responde a gaúcha de Cruz Alta (RS), pela segunda vez em Abadiânia, no interior de Goiás.
É a vez de uma paciente grega, que retornou ao Brasil para agradecer pela cirurgia realizada na última vez em que esteve na cidade. "Os médicos retiravam o tumor, mas ele voltava e sangrava."
As conversas, sempre curtas, duram o dia inteiro no centro espírita Dom Inácio Loiola, conhecido como Casa de Dom Inácio. Uma multidão de enfermos se enfileira para ver e manifestar seus problemas a João de Deus.
Ou, melhor, a uma das mais de 30 entidades que a equipe do centro espírita diz que João recebe, entre elas o espírito do médico sanitarista brasileiro Osvaldo Cruz, morto no início do século passado.
João Teixeira Farias, de 68 anos, o João de Deus, contradiz a própria equipe. Não é espírita nem recebe tantas entidades, segundo ele. "Tenho uma missão apenas."
João de Deus é John of God para a grande maioria das pessoas que passam as quartas, quintas e sextas-feiras na Casa Dom Inácio. Europeus, norte-americanos e asiáticos, nessa ordem, descobriram Abadiânia, uma cidade de 12 mil habitantes a 88 quilômetros de Goiânia e a pouco mais de 100 quilômetros de Brasília.
Cirurgias espirituais
Eles são maioria na busca pela cura que a medicina não obteve. Conduzem rituais de oração e "cirurgias espirituais", muitas delas com incisões carregadas de misticismo para retirada de nódulos, cistos e outras partes doentes do corpo.
Vestem branco. Passam horas sentados, de olhos fechados. Esperam a vez da conversa ou da "cirurgia" com João de Deus.
A Casa Dom Inácio recebe, por dia, entre 600 e 800 pessoas que, de alguma maneira (principalmente pela boca de amigos), ficaram sabendo da existência de João de Deus.
Chegam, identificam a fila onde devem entrar da primeira vez, a da "cirurgia", a fila do retorno e já decidem ali, frente à frente com o médium, qual será o procedimento adotado.
Na quarta-feira passada, uma única pessoa fez a cirurgia com cortes.
"Ele retirou com um bisturi os caroços que eu tinha perto do peito", conta o empresário de Salvador (BA) Marcos Falcão, 46, enquanto se recuperava numa maca da enfermaria. "Sangrou, mas não senti dor."
Outras 150 pessoas fizeram as "cirurgias espirituais", sem incisões no corpo.
Foi assim que o estudante paulista Robert Hoffman, 22, diz ter se curado de um tumor benigno no cérebro. Robert fez a cirurgia espiritual na Casa Dom Inácio em 5/2.
No Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o tumor de cinco centímetros foi retirado sete dias depois.
"Não fiquei nem uma semana no hospital, e sem sequelas, como os médicos chegaram a dizer no início", afirmou.
O centro espírita já registrou a presença de estrangeiros de 22 países. São principalmente pessoas com deficiências físicas ou com problemas graves de saúde, como esclerose múltipla e câncer. "Tenho esperança de ser curado", diz o italiano Pietro de Maria, 38, paraplégico desde 1995 por causa de um acidente de moto. "Vou ser operado na semana que vem."
O suíço Raymond Gallaz, 55, conta ter dispensado a cadeira de rodas que Pietro ainda usa por causa de João de Deus.
É a quarta vez do suíço em Abadiânia. "Não preciso mais da cadeira."
Os voluntários de João de Deus são os mesmos que organizam as caravanas com os estrangeiros rumo a Abadiânia. Eles negociam a hospedagem entre os voluntários, são proprietários de dezenas de pousadas e hotéis na cidade e trabalham como tradutores ou guias na Casa Dom Inácio -um lugar amplo, com diversos espaços para cirurgias, orações, farmácia, enfermaria e sala de espera.
TV de plasma
Na rua do centro espírita, as lojas vendem suvenires como a camisa da seleção brasileira de futebol. As placas das pousadas e os cardápios das lanchonetes são em inglês. Muitas casas são alugadas pelos visitantes de outros países, que passam meses, anos ou até uma vida inteira em Abadiânia.
É é o caso de um francês que se casou com uma brasileira nascida na cidade. Na parede da casa, pintou uma mensagem que fala em cura na Casa Dom Inácio.
Questionado sobre a razão de tantos estrangeiros o procurarem, João de Deus diz que são os "trabalhos realizados por mais de 30 anos". Ele dá respostas curtas às acusações que já enfrentou, principalmente de charlatanismo. "Para mim, tudo é normal."
Ele viaja todos os anos para Nova York (EUA), onde mantém uma Casa Dom Inácio. Já esteve também na Nova Zelândia, na Alemanha, em Portugal e na Grécia.
Em cada atendimento, o médium ouve seu seguidor e anota num papel o medicamento necessário ao tratamento espiritual.
É uma essência de passiflora, produzida na farmácia do centro espírita e vendida por R$ 60. Banhos de cristal, suvenires e água fluidificada também são vendidos por sua equipe.
O centro recebe diversas doações, em dinheiro ou produtos. "Não cobramos dízimo", provoca o médium. Mas uma placa exibida em uma das salas do centro -ao lado de uma TV de plasma que transmite continuamente sessões gravadas de cirurgias sempre com incisões conduzidas pelo médium- lembra: "All donation welcome".
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Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs2103201009.htm
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Publicado em: SinapsesLinks
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Veja também: (06fev2009)
http://sinapseslinks.blogspot.com/2009/02/joao-de-deus.html
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Veja também: (14out2008)
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Administrar a Casa Espírita
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*
O dirigente espírita, os voluntários e os pedintes.
O administrador de empresas de sucesso é aquele que conhece com propriedade a realidade e o mercado em que sua empresa está inserida. Ele – o administrador – necessita estar atento ás mudanças de todas as esferas, para que permaneça atualizado e possa então dar sua parcela de contribuição para o crescimento da organização que está sob sua responsabilidade.
A realidade do administrador pode ser aplicada à realidade do dirigente espírita, que é, pelo menos em tese, o administrador da Casa Espírita. Por isso é de suma importância que o dirigente espírita adquira alguns conhecimentos básicos na ciência da administração. Mas por que adquirir esses conhecimentos?
Porque lidará com pessoas, com a administração propriamente dita, e, também, com valores tangíveis, tais como, o dinheiro e o patrimônio da Casa e valores intangíveis, como habilidade e aptidões dos trabalhadores que com ele estão freqüentando, e ou, administrando a Casa.
Nas visitas em palestras que realizamos nos Centros Espíritas procuramos conversar com os dirigentes sobre os trabalhadores da Casa. Como estão? Há motivação no desempenho da tarefa que se propuseram a realizar no centro espírita? Estão comprometidos?
E a resposta vem nem sempre animadora: “São poucos trabalhadores”. “Temos dificuldades com voluntários”.
Se a Casa que está sob sua direção, caro dirigente, não apresenta dificuldades com trabalhadores e há abundância de material humano, este artigo de nada servirá. Todavia, se enfrentas problemas com voluntários e há escassez de material humano, prossiga na leitura, porque diante do panorama que se apresenta cabe ao dirigente espírita fazer os seguintes questionamentos:
Por que são poucos os trabalhadores? Por que a mensagem espírita, que pede constante participação, não vem tocando o coração das pessoas? Será que falta divulgação? Maior clareza na comunicação? Será que eu, como dirigente espírita, conheço de fato o mercado, ou seja, a realidade em que estão mergulhados os freqüentadores da Casa que está sob minha coordenação?
Estes questionamentos requerem humildade, porquanto para confrontar a si mesmo e sua forma de administração o dirigente espírita terá de se desposar do orgulho. Um exercício que redundará, inclusive, em sua melhora moral.
A grande questão é que o centro espírita, em muitas ocasiões, funciona como hospital a oferecer o lenitivo ao doente. Entretanto, esta deveria ser, em realidade, apenas a primeira etapa. No segundo momento o centro espírita deveria funcionar como abençoada escola, universidade da alma que educa os espíritos na busca do seu equilíbrio íntimo. Entretanto, está enraizada no ser humano a tendência de criar seres dependentes; ou seja, pessoas dependentes “eternamente” do passe, da cesta básica, do conselho...
Salientamos que toda ajuda à alma humana em dificuldade é importante e necessária, no entanto, o centro espírita em suas atividades deve primar pela educação que constrói criaturas amadurecidas, que podem caminhar com suas próprias pernas. Ao proporcionar meios para que as pessoas possam se auto governar o centro espírita formará um trabalhador, que deixará a condição de pedinte contumaz para tornar-se colaborador consciente e eficaz. Reforçando: o auxílio de todos os matizes prestado pela Casa Espírita é relevante, o que nada agrega é o falso auxílio que alimenta eternos pedintes, tornando o centro espírita apenas um hospital. Cabe, pois, ao dirigente espírita empreender esforços para que o centro espírita pule o degrau de hospital transformando-se em escola, habilitando o “recuperando” a servir de modo competente. Questionar sua administração e buscar sempre resultados positivos na questão que envolve a motivação dos trabalhadores é um quesito que não pode ser perdido de vista. A responsabilidade do dirigente espírita é grande, porquanto ele traz consigo o ideal espírita, que visa, fundamentalmente, a regeneração da humanidade.
Pensemos nisso.
*
Autor:
Wellington Balbo – Bauru – SP.
wellington_balbo@hotmail.com
*
Ilustração:
Eudison de Paula Leal
Pindamonhangaba-SP
*
Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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O dirigente espírita, os voluntários e os pedintes.
O administrador de empresas de sucesso é aquele que conhece com propriedade a realidade e o mercado em que sua empresa está inserida. Ele – o administrador – necessita estar atento ás mudanças de todas as esferas, para que permaneça atualizado e possa então dar sua parcela de contribuição para o crescimento da organização que está sob sua responsabilidade.
A realidade do administrador pode ser aplicada à realidade do dirigente espírita, que é, pelo menos em tese, o administrador da Casa Espírita. Por isso é de suma importância que o dirigente espírita adquira alguns conhecimentos básicos na ciência da administração. Mas por que adquirir esses conhecimentos?
Porque lidará com pessoas, com a administração propriamente dita, e, também, com valores tangíveis, tais como, o dinheiro e o patrimônio da Casa e valores intangíveis, como habilidade e aptidões dos trabalhadores que com ele estão freqüentando, e ou, administrando a Casa.
Nas visitas em palestras que realizamos nos Centros Espíritas procuramos conversar com os dirigentes sobre os trabalhadores da Casa. Como estão? Há motivação no desempenho da tarefa que se propuseram a realizar no centro espírita? Estão comprometidos?
E a resposta vem nem sempre animadora: “São poucos trabalhadores”. “Temos dificuldades com voluntários”.
Se a Casa que está sob sua direção, caro dirigente, não apresenta dificuldades com trabalhadores e há abundância de material humano, este artigo de nada servirá. Todavia, se enfrentas problemas com voluntários e há escassez de material humano, prossiga na leitura, porque diante do panorama que se apresenta cabe ao dirigente espírita fazer os seguintes questionamentos:
Por que são poucos os trabalhadores? Por que a mensagem espírita, que pede constante participação, não vem tocando o coração das pessoas? Será que falta divulgação? Maior clareza na comunicação? Será que eu, como dirigente espírita, conheço de fato o mercado, ou seja, a realidade em que estão mergulhados os freqüentadores da Casa que está sob minha coordenação?
Estes questionamentos requerem humildade, porquanto para confrontar a si mesmo e sua forma de administração o dirigente espírita terá de se desposar do orgulho. Um exercício que redundará, inclusive, em sua melhora moral.
A grande questão é que o centro espírita, em muitas ocasiões, funciona como hospital a oferecer o lenitivo ao doente. Entretanto, esta deveria ser, em realidade, apenas a primeira etapa. No segundo momento o centro espírita deveria funcionar como abençoada escola, universidade da alma que educa os espíritos na busca do seu equilíbrio íntimo. Entretanto, está enraizada no ser humano a tendência de criar seres dependentes; ou seja, pessoas dependentes “eternamente” do passe, da cesta básica, do conselho...
Salientamos que toda ajuda à alma humana em dificuldade é importante e necessária, no entanto, o centro espírita em suas atividades deve primar pela educação que constrói criaturas amadurecidas, que podem caminhar com suas próprias pernas. Ao proporcionar meios para que as pessoas possam se auto governar o centro espírita formará um trabalhador, que deixará a condição de pedinte contumaz para tornar-se colaborador consciente e eficaz. Reforçando: o auxílio de todos os matizes prestado pela Casa Espírita é relevante, o que nada agrega é o falso auxílio que alimenta eternos pedintes, tornando o centro espírita apenas um hospital. Cabe, pois, ao dirigente espírita empreender esforços para que o centro espírita pule o degrau de hospital transformando-se em escola, habilitando o “recuperando” a servir de modo competente. Questionar sua administração e buscar sempre resultados positivos na questão que envolve a motivação dos trabalhadores é um quesito que não pode ser perdido de vista. A responsabilidade do dirigente espírita é grande, porquanto ele traz consigo o ideal espírita, que visa, fundamentalmente, a regeneração da humanidade.
Pensemos nisso.
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Autor:
Wellington Balbo – Bauru – SP.
wellington_balbo@hotmail.com
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Eudison de Paula Leal
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23 de mar. de 2010
500 E-mails
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Por favor, aceite meu agradecimento e o abraço fraterno também.
Eudison de Paula Leal (70)
500 E-mails
Ilustre visitante do blog SinapsesLinks.
Deixo registrado meu agradecimento por sua tão importante presença na minha Vida.
Entendo que todos aqueles que direta ou indiretamente participaram da dinâmica do blog, contribuindo com: textos, criticando, comentando, trouxeram uma valiosa contribuição para o meu crescimento como pessoa.
Eudison de Paula Leal (70)
eudisonleal@gmail.com
Pindamonhangaba-SP
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*
Muito Obrigado!
*
Reino Animal
*
Reino Animal
Por Larísa en Cádiz
✦
Desde que o homem existe há música, mas também os animais, os átomos e as estrelas fazem música.
Karlheinz Stockhausen
✦
O verdadeiro, rei dos animais é o homem pois a sua brutalidade supera a de todos.
Leonardo Da Vinci
✦
São necessários mais de 50 animais para fazer um casaco de peles , mas apenas um para vestí-lo.
✦
O amor por todas as criaturas vivas é o mais nobre atributo do homem.
Charles Darwin
✦
As crianças e os animais entendem melhor a minha música.
Igor Strawinsky
✦
Não sabia que se podia gostar tanto dum animal, até que tive um.
Das muitas coisas que aprendi, a maior foi o amor sem condições.
✦
Ter pena, é sempre o mesmo sentimento, quer o tenhas por um animal, por um homem ou por uma árvore.
Tolstoy.
✦
Enquanto o âmbito da sua compaixão
não abranja todos os seres vivos, o homem não encontrará paz só por si.
Albert Schweitzer (Premio Nóbel de la Paz1952)
✦
Até que tenhas amado um animal, uma parte da tua alma estará adormecidada.
Anatole France
✦
O homem tem feito da Terra um inferno para os animais.
Arthur Schopenhauer
✦
Quando um homem mata um tigre chama-se desporto.
Quando um tigre mata um homem, já lhe chamam selvajaria.
✦
Duas coisas me surpreendem, a inteligência dos animais e a bestialidade dos homens.
Flora Tristan
✦
Os animais são bons amigos, não fazem perguntas e tão pouco criticam.
George Elliot
✦
De todos os animais da criação, o homem é o único que bebe sem ter sede, come sem ter fome e fala sem ter nada que dizer.
John Steinbeck
✦
O homem, esse ser tão débil, recebeu da naturaza duas coisas que deveriam fazer dele o mais forte dos animais.
O raciocínio e a sociabilidade.
Lucio Anneo Séneca
✦
Um país, uma civilização, pode ser julgada pela forma como trata os seus animais.
Mahatma Gandhi
✦
Dei a minha beleza e a minha juventude aos homens.
Agora dou a minha sabedoria e minha experiência, o melhor de mim, aos animais.
Brigitte Bardot
✦
Chegará um dia em que os homens como eu, verão o assassinato de um animal, como agora vêm o de um homem.
Leonardo da Vinci.
✦
É incrível e vergonhoso que nem doutrinadores nem moralistas elevem mais as suas vozes contra os abusos feitos aos animais.
Voltaire.
✦
Quando o homem sentir piedade de todas as criaturas vivas, só então, será nobre.
Buda.
✦
Por todas as tristes criaturas em cativeiro que se ferem contra as grades.
Por aquele que é caçado, está perdido, abandonado, com medo ou faminto.
Por todos os que têm dores,
os moribundos, por aqueles que serão assassinados.
Que sejamos amigos verdadeiros dos animais e para que mereçamos compartilhar o planeta com eles.
✦
Dedicado a todos os animais que sofrem
e a todas as pessoas que de forma incansável lutam contra tanta crueldade.
✦
Às vezes preguntam-me porque invisto tanto tempo e dinheiro falando de amabilidade para com os animais quando existe tanta crueldade entre os homens?
Ao que respondo: Estou a trabalhar nas raízes!
George T. Angell
✦
Colaboração:
Daniela Marchi
Araçatuba-SP
*
Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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Reino Animal
Por Larísa en Cádiz
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Desde que o homem existe há música, mas também os animais, os átomos e as estrelas fazem música.
Karlheinz Stockhausen
✦
O verdadeiro, rei dos animais é o homem pois a sua brutalidade supera a de todos.
Leonardo Da Vinci
✦
São necessários mais de 50 animais para fazer um casaco de peles , mas apenas um para vestí-lo.
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O amor por todas as criaturas vivas é o mais nobre atributo do homem.
Charles Darwin
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As crianças e os animais entendem melhor a minha música.
Igor Strawinsky
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Não sabia que se podia gostar tanto dum animal, até que tive um.
Das muitas coisas que aprendi, a maior foi o amor sem condições.
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Ter pena, é sempre o mesmo sentimento, quer o tenhas por um animal, por um homem ou por uma árvore.
Tolstoy.
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Enquanto o âmbito da sua compaixão
não abranja todos os seres vivos, o homem não encontrará paz só por si.
Albert Schweitzer (Premio Nóbel de la Paz1952)
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Até que tenhas amado um animal, uma parte da tua alma estará adormecidada.
Anatole France
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O homem tem feito da Terra um inferno para os animais.
Arthur Schopenhauer
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Quando um homem mata um tigre chama-se desporto.
Quando um tigre mata um homem, já lhe chamam selvajaria.
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Duas coisas me surpreendem, a inteligência dos animais e a bestialidade dos homens.
Flora Tristan
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Os animais são bons amigos, não fazem perguntas e tão pouco criticam.
George Elliot
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De todos os animais da criação, o homem é o único que bebe sem ter sede, come sem ter fome e fala sem ter nada que dizer.
John Steinbeck
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O homem, esse ser tão débil, recebeu da naturaza duas coisas que deveriam fazer dele o mais forte dos animais.
O raciocínio e a sociabilidade.
Lucio Anneo Séneca
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Um país, uma civilização, pode ser julgada pela forma como trata os seus animais.
Mahatma Gandhi
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Dei a minha beleza e a minha juventude aos homens.
Agora dou a minha sabedoria e minha experiência, o melhor de mim, aos animais.
Brigitte Bardot
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Chegará um dia em que os homens como eu, verão o assassinato de um animal, como agora vêm o de um homem.
Leonardo da Vinci.
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É incrível e vergonhoso que nem doutrinadores nem moralistas elevem mais as suas vozes contra os abusos feitos aos animais.
Voltaire.
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Quando o homem sentir piedade de todas as criaturas vivas, só então, será nobre.
Buda.
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Por todas as tristes criaturas em cativeiro que se ferem contra as grades.
Por aquele que é caçado, está perdido, abandonado, com medo ou faminto.
Por todos os que têm dores,
os moribundos, por aqueles que serão assassinados.
Que sejamos amigos verdadeiros dos animais e para que mereçamos compartilhar o planeta com eles.
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Dedicado a todos os animais que sofrem
e a todas as pessoas que de forma incansável lutam contra tanta crueldade.
✦
Às vezes preguntam-me porque invisto tanto tempo e dinheiro falando de amabilidade para com os animais quando existe tanta crueldade entre os homens?
Ao que respondo: Estou a trabalhar nas raízes!
George T. Angell
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Colaboração:
Daniela Marchi
Araçatuba-SP
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22 de mar. de 2010
Direitos da Água
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Declaração Universal dos Direitos da Água
Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.
Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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Declaração Universal dos Direitos da Água
Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.
Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
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21 de mar. de 2010
Blogs
*
BLOGS
A chegada dos blogs contraria os que viam na web apenas um foco de proliferação de identidades simuladas.
De fato, com a explosão dos chats e de seus nicknames nos anos 90, difundiu-se a ideia de que na Internet as pessoas não seriam elas mesmas, de que haveria aí um enorme jogo de faz-de-conta, mascarando milhares de mentes "verdadeiras".
Os blogs, que são uma nova forma de publicação online, propõem ao contrário uma autêntica representação de seus autores.
Assim, o que não era possível na correria dos chats e na confusão dos fóruns (porque esses sempre exigiram uma luta contínua para se desatar o emaranhado de comentários...), agora é possível com os blogs, onde alguém pode construir seu espaço diária e cumulativamente, e conversar a partir de certo ponto de vista, de sua zona iluminada!
Além disso, diferentemente da grande maioria dos sites, a liberdade de se colocar links em blogs é mais um dos aspectos que lhes dá força e interesse.
Cada blog parece remeter a uma comunidade de blogueiros, num sistema de remissão infindável.
*
Fonte:
Livro: Folha Explica - A Cultura Digital
Rogério da Costa
Publifolha
Página 78
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Publicado em: Sinapseslinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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BLOGS
A chegada dos blogs contraria os que viam na web apenas um foco de proliferação de identidades simuladas.
De fato, com a explosão dos chats e de seus nicknames nos anos 90, difundiu-se a ideia de que na Internet as pessoas não seriam elas mesmas, de que haveria aí um enorme jogo de faz-de-conta, mascarando milhares de mentes "verdadeiras".
Os blogs, que são uma nova forma de publicação online, propõem ao contrário uma autêntica representação de seus autores.
Assim, o que não era possível na correria dos chats e na confusão dos fóruns (porque esses sempre exigiram uma luta contínua para se desatar o emaranhado de comentários...), agora é possível com os blogs, onde alguém pode construir seu espaço diária e cumulativamente, e conversar a partir de certo ponto de vista, de sua zona iluminada!
Além disso, diferentemente da grande maioria dos sites, a liberdade de se colocar links em blogs é mais um dos aspectos que lhes dá força e interesse.
Cada blog parece remeter a uma comunidade de blogueiros, num sistema de remissão infindável.
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Fonte:
Livro: Folha Explica - A Cultura Digital
Rogério da Costa
Publifolha
Página 78
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20 de mar. de 2010
Médiuns
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Espiritismo
O Poder Dos Médiuns
Comprovação Científica
O poder dos médiuns
Como a ciência justifica as manifestações de contato com espíritos e por que algumas pessoas desenvolvem o dom
por Suzane Frutuoso
fotos Murillo Constantino
O espiritismo é seguido por 30 milhões de pessoas no mundo. O Brasil é a maior nação espírita do planeta. São 20 milhões de adeptos e simpatizantes, segundo a Federação Espírita Brasileira – no último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2,3 milhões declararam seguir os preceitos do francês Allan Kardec, o fundador da doutrina.
A mediunidade, popularizada pelas psicografias de Chico Xavier, em Uberaba (MG), ganhou visibilidade nos últimos anos na mesma proporção em que cresceu o espiritismo. Mas nada se compara ao poder da mídia atual, que permite debater os ensinamentos da religião por meio de livros, programas de tevê e rádio. Os romances com temática espiritualista de Zíbia Gasparetto, por exemplo, são presença constante nas listas de mais vendidos.
Embora não haja estatísticas de quantos entre os praticantes são médiuns, o que se observa é uma quantidade maior de pessoas que afirmam possuir o dom. O interesse pela religião codificada por Kardec é confirmado pelo recorde de público do filme Bezerra de Menezes – o diário de um espírito, do cineasta Glauber Filho: 250 mil espectadores, desde o lançamento nos cinemas, em 29 de agosto. Um número alto para uma produção nacional. O longa, com o ator Carlos Vereza (também praticante do espiritismo) no papel-título, conta a história do cearense que ficou conhecido como “médico dos pobres”, se tornou ícone da doutrina e orienta médiuns em centenas de centros a se dedicar ao bem e à caridade.
PSICOGRAFIA
Instrumento por meio dos livros
A psicóloga Marilusa Vasconcelos, 65 anos, de São Paulo, é conhecida no espiritismo pela sua vasta literatura psicografada. Em 40 anos de dedicação à mediunidade, publicou 61 livros. Seu orientador é o espírito do poeta Tomás Antonio Gonzaga, que participou da Inconfidência Mineira. A dedicação à psicografia levou Marilusa a fundar em 1985 a Editora Espírita Radhu, sigla para renúncia, abnegação, desprendimento e humildade, a base dos ensinamentos na doutrina. Ela reúne outros dons, como ouvir, falar e enxergar espíritos e ser instrumento deles na pintura mediúnica. “Os vários tipos surgiram desde a infância”, conta Marilusa, que nasceu numa família espírita. “O controle da mediunidade é indispensável. O médium não é joguete do espírito. Eles interagem, num acordo mútuo de tarefa.”
Os espíritas dizem que todas as pessoas têm algum grau de mediunidade. Qualquer um seria capaz de emitir pensamentos em forma de ondas eletromagnéticas que chegariam a outros planos. O que torna algumas pessoas especiais, segundo os praticantes, a ponto de se transformarem em canais de comunicação com os mortos, é uma missão – designada antes mesmo de nascerem, determinada por ações em vidas anteriores e que tem na caridade o objetivo final. “É uma tarefa em favor da evolução de si mesmo e da ajuda ao próximo”, diz Julia Nesu, diretora do departamento de doutrina da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo. Fenômenos relacionados a pessoas que falavam com mortos e envolvendo objetos que se mexiam são relatados desde o século XVII, tanto na Europa quanto nas Américas, mas hoje cientistas tentam compreender o fenômeno. Algumas linhas de pesquisa mostram que o cérebro dos médiuns é diferente dos demais.
São cinco os meios de expressão da mediunidade. A psicografia, que consagrou Chico Xavier, é a mais conhecida. Nela, o médium escreve mensagens e histórias que recebe de espíritos. Estaria sob o controle deles o que as mãos transcrevem. A vidência permite enxergar os mortos que não conseguiram se desvencilhar da Terra ao não aceitarem a morte ou que aparecem para enviar recados a entes queridos. Na psicofonia, o sensitivo é capaz de ouvir e reproduzir o que os espíritos dizem e pedem. A psicopictografia, ou pintura mediúnica, permite ao médium ser instrumento de artistas desencarnados (termo usado pela doutrina para designar mortos). A mediunidade da cura é responsável pelas chamadas cirurgias espirituais. Não é incomum um mesmo indivíduo reunir mais de um tipo de dom.
VIDÊNCIA
Ver e auxiliar aqueles que estão em outro plano
Aos cinco anos, o chefe de faturamento hospitalar Ivanildo Protázio, de São Paulo, 49 anos, pegava no sono com o carinho nos cabelos que uma senhora lhe fazia todas as noites. Descobriu tempos depois que era a avó, morta anos antes. Aos 19 anos, os espíritos já se materializavam para ele.“Nunca tive medo. Sempre me pareceu natural.” A mãe, que trabalhava na Federação Espírita, o encaminhou para as aulas em que aprenderia a lidar com o dom. Hoje, Protázio é professor de educação mediúnica. Essa é uma parte da sua missão. A outra é orientar os espíritos que lhe pedem auxílio para entender o que aconteceu com eles. A oração é o remédio. “Os espíritos superiores me ensinaram a importância da caridade para nossa própria evolução.”
A reportagem de ISTOÉ presenciou uma manifestação mediúnica em Indaiatuba, interior de São Paulo. O tom de voz baixo e os gestos delicados de Solange Giro, 46 anos, sugeriam que ela carrega certa timidez ao expor a própria vida numa conversa com um estranho. Cerca de duas horas depois, porém, é difícil acreditar no que os olhos vêem. Diante de uma tela em branco, sobre uma mesa improvisada com dezenas de tubos de tinta, a mulher começa a pintar um quadro na seqüência de outro. O tempo gasto em cada um não passa de nove minutos. As obras são coloridas e harmoniosas. “Nunca fiz aula de artes. Mal conseguia ajudar meus filhos com os desenhos da escola”, diz, minutos antes da apresentação. A discreta Solange dá lugar a uma pessoa que fala alto, canta e encara os interlocutores nos olhos, com ar desafiador. A assinatura nas telas não leva seu nome, mas de artistas famosos – e já mortos –, como Monet, Mondrian e Tarsila do Amaral. Seria uma interpretação digna de uma atriz? Talvez. O que difere o momento de uma encenação é subjetivo e dá margem a dezenas de explicações – convincentes ou não. Talvez seja possível encontrar respostas no que a artista diz a cada uma das pessoas da platéia presenteadas com um dos dez quadros produzidos na noite. Enquanto entregava a obra, ela desferia características e situações de vida de cada um absolutamente desconhecidas dela. O mentor que a guia é o médico holandês Ernst, que viveu no século XVII. A sensitiva garante que era ele, não ela, quem estava presente na pintura dos quadros.
Nem sempre é fácil aceitar a mediunidade, que pode causar medo quando começa a se manifestar. “Ainda hoje não gosto quando vejo o possível desencarne de alguém. Nestas horas, preferia não saber”, conta a psicóloga Marilusa Moreira Vasconcelos, 65 anos, de São Paulo, que psicografa. O médium de cura Wagner Fiengo, analista fiscal paulistano, 37 anos, chegou a se afastar da doutrina. “Aos 13 anos não entendia por que presenciava aquilo.” Para manter a sanidade e o equilíbrio, as pessoas que possuem dons e querem fazer parte da religião espírita precisam se dedicar à educação mediúnica. O curso leva cinco anos. Inclui os ensinamentos que Allan Kardec compilou no Livro dos Espíritos – a obra que deu base ao entendimento da doutrina – e no Livro dos Médiuns – que explica quais são os tipos de mediunidade, como eles se manifestam e os cuidados a serem tomados. Entre eles, o combate a falhas de comportamento, como vaidade, orgulho e egoísmo. O Espiritismo prega que as imperfeições da personalidade atraem espíritos com a mesma vibração. “O pensamento é tudo. Aqueles que pensam positivo atrairão o que é semelhante. O mesmo acontece com o pensamento negativo e os vícios. Quem gosta de beber, por exemplo, chama a companhia de espíritos alcoólatras”, afirma o professor de educação mediúnica Ivanildo Protázio, 49 anos, de São Paulo, que tem o dom da vidência.
PSICOFONIA
Falar o que os espíritos querem dizer
A intuição do servidor público Geraldo Campetti, 42 anos, de Brasília, começou na infância. Ele tinha percepções inexplicáveis, das quais mais ninguém se dava conta. Era como se absorvesse sentimentos que não eram seus. Apenas identificava que existia algo além do que seus olhos enxergavam. Até que as sensações começaram a tomar forma. Campetti passou a ouvir súplicas de ajuda. De espíritos, inconformados com a morte. Aos 29 anos, não se assustou. De família espírita, conhecia a mediunidade. “Mas sabia que precisava estudar para manter o equilíbrio”, diz. Hoje diretor da Federação Espírita Brasileira, afirma ter controle sobre o dom de ouvir e transmitir recados dos mortos. Eventualmente, um espírito pede uma mensagem à pessoa com quem ele conversa. “Isso é espontâneo, não da minha vontade.”
Imaginar que convivemos no cotidiano com pessoas que estão mortas vai além da compreensão sobre a vida – pelo menos para quem não acredita em reencarnação. Mas até na ciência já existem aqueles que conseguem casar racionalidade com dons espirituais. Esses especialistas afirmam que a mediunidade é um fenômeno natural, não sobrenatural. E que o mérito de Allan Kardec foi explicar de maneira didática o que sempre esteve presente – e registrado – desde a criação do mundo em todas as religiões. O que seria, dizem os defensores da doutrina, a anunciação do Anjo Gabriel a Maria, mãe de Jesus, se não um espírito se comunicando com uma sensitiva?
Apesar desse contato constante, os mortos, ou desencarnados, como preferem os espíritas, não aparecem em “carne e osso”. A ligação com o mundo dos vivos seria possível graças ao perispírito, explica Geraldo Campetti, diretor da Federação Espírita Brasileira. “Ele é o intermediário entre o corpo e o espírito. A polpa da fruta que fica entre a casca e o caroço.” O perispírito seria formado por substâncias químicas ainda desconhecidas pelos pesquisadores terrenos, garantem os adeptos do espiritismo. “É a condensação do que Kardec batizou como fluido cósmico universal”, afirma o neurocirurgião Nubor Orlando Facure, diretor do Instituto do Cérebro de Campinas. Nas quatro décadas em que estuda a manifestação da mediunidade no cérebro, Facure mapeou áreas cerebrais que seriam ativadas pelo fluido.
CURA
Cirurgias sem dor nem sangue
O primeiro espírito a se materializar para o analista fiscal Wagner Fiengo, 37 anos, de São Paulo, foi de um primo. Ele tinha dez anos, teve medo e se afastou. Mas, na juventude, um tio, seguidor da doutrina, avisou que era hora de ele se preparar para a missão que lhe fora reservada. Por meio da psicografia, seu guia espiritual, o médico Ângelo, informou que teriam um compromisso: curar pessoas. Ele não foi adiante. Uma pancreatite surgiu sem que os médicos diagnosticassem os motivos. Há quatro anos, seu guia explicou que as doenças eram ajustes a erros que Fiengo havia cometido numa vida passada. A missão era a forma de equilibrar a saúde e a alma. Em 2004, iniciou as cirurgias espirituais. Ele diz que não é uma substituição ao tratamento convencional. “É um auxílio na cura de fatores emocionais e físicos.”
Comprovar cientificamente a mediunidade também é objetivo do psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira, professor de medicina e espiritualidade da Faculdade de Medicina da USP e membro da Associação Médica-Espírita de São Paulo. Com exames de tomografia, ele analisou a glândula pineal (uma parte do cérebro do tamanho de um feijão) de cerca de mil pessoas. “Os testes mostraram que aqueles com facilidade para manifestar a psicografia e a psicofonia apresentam uma quantidade maior do mineral cristal de apatita na pineal”, afirma Oliveira. Ele também atende, no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, casos de pacientes de doenças como dores crônicas e epilepsia que receberam todos os tipos de tratamento, não tiveram melhora e relatam experiências ligadas à mediunidade. “Somamos aos cuidados convencionais, como o remédio e a psicoterapia, a espiritualidade, que vai desde criar o hábito de orar até a meditação. E os resultados têm sido positivos.” Uma pesquisa de especialistas da USP e da Universidade Federal de Juiz de Fora, publicada em maio no periódico The Journal of Nervous and Mental Disease, comparou médiuns brasileiros com pacientes americanos de transtorno de múltiplas personalidades (caracterizado por alucinações e comportamento duplo). Eles concluíram que os médiuns apresentam prevalências inferiores de distúrbios mentais, do uso de antipsicóticos e melhor interação social.
A maior parte dos cientistas acredita que a mediunidade nada mais é do que a manifestação de circuitos cerebrais. Alguns já seriam explicáveis, como os estados de transe. Pesquisas da Universidade de Montreal, no Canadá, e da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, comprovaram que, durante a oração de freiras e monges católicos, a área do cérebro relacionada à orientação corporal é quase toda desativada, o que justificaria a sensação de desligamento do corpo. Os testes usaram imagens de ressonâncias magnéticas e tomografias feitas no momento do transe.
A teoria seria aplicável ao transe mediúnico, quando o médium diz incorporar o espírito e não se lembra do que aconteceu. Pesquisadores da Universidade de Southampton, na Inglaterra, estudaram pessoas que estiveram entre a vida e a morte e relataram se ver fora do próprio corpo durante uma operação ou entrando em contato com pessoas mortas. Os estudiosos concluíram se tratar de um fenômeno fisiológico produzido pela privação de oxigênio no cérebro. Trabalhando sob stress, o órgão seria também inundado de substâncias alucinógenas. As imagens criadas pela mente seriam apenas a retomada de percepções do cotidiano guardadas no inconsciente.
PSICOPICTOGRAFIA
Milhares de quadros pintados
Criada numa família católica, Solange Giro, 46 anos, de Parapuã, interior de São Paulo, teve o primeiro contato com o espiritismo aos 20 anos, ao conhecer o marido. Ele, que perdera uma noiva, buscava o entendimento da morte. Já casada e com dois filhos, passou a sofrer de depressão. Encontrou alívio na desobsessão (trabalho que libertaria a pessoa de um espírito que a domina). A mediunidade dava os primeiros sinais. Logo passou a ouvir e ver espíritos. O dom da psicografia veio em seguida. Era um treino para ser iniciada na pintura mediúnica. “Pintei cinco mil quadros no primeiro ano. Estão guardados. Não tive autorização para mostrá-los”, conta Solange, que diz nunca ter estudado artes. Nos últimos 13 anos, ela recebeu aval de seu mentor para vender os quadros. O dinheiro é revertido para a caridade.
O psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira rebate a incredulidade. “Se uma pessoa está em cirurgia numa sala e consegue descrever em detalhes o que ocorreu em um ambiente do outro lado da parede, é possível ser apenas uma sensação?” Essa é uma pergunta que nenhuma das frentes de pesquisa se arrisca – ou consegue – a responder com exatidão. Da mesma maneira que todos os presentes à sessão de pintura em Indaiatuba saíram atônicos, sem conseguir explicar como alguém que conheceram numa noite foi capaz de decifrar suas angústias mais inconfessáveis.
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Fonte:
http://temporecord.wordpress.com/2010/03/19/espiritismo-o-poder-dos-mediuns-comprovacao-cientifica/
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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Espiritismo
O Poder Dos Médiuns
Comprovação Científica
O poder dos médiuns
Como a ciência justifica as manifestações de contato com espíritos e por que algumas pessoas desenvolvem o dom
por Suzane Frutuoso
fotos Murillo Constantino
O espiritismo é seguido por 30 milhões de pessoas no mundo. O Brasil é a maior nação espírita do planeta. São 20 milhões de adeptos e simpatizantes, segundo a Federação Espírita Brasileira – no último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2,3 milhões declararam seguir os preceitos do francês Allan Kardec, o fundador da doutrina.
A mediunidade, popularizada pelas psicografias de Chico Xavier, em Uberaba (MG), ganhou visibilidade nos últimos anos na mesma proporção em que cresceu o espiritismo. Mas nada se compara ao poder da mídia atual, que permite debater os ensinamentos da religião por meio de livros, programas de tevê e rádio. Os romances com temática espiritualista de Zíbia Gasparetto, por exemplo, são presença constante nas listas de mais vendidos.
Embora não haja estatísticas de quantos entre os praticantes são médiuns, o que se observa é uma quantidade maior de pessoas que afirmam possuir o dom. O interesse pela religião codificada por Kardec é confirmado pelo recorde de público do filme Bezerra de Menezes – o diário de um espírito, do cineasta Glauber Filho: 250 mil espectadores, desde o lançamento nos cinemas, em 29 de agosto. Um número alto para uma produção nacional. O longa, com o ator Carlos Vereza (também praticante do espiritismo) no papel-título, conta a história do cearense que ficou conhecido como “médico dos pobres”, se tornou ícone da doutrina e orienta médiuns em centenas de centros a se dedicar ao bem e à caridade.
PSICOGRAFIA
Instrumento por meio dos livros
A psicóloga Marilusa Vasconcelos, 65 anos, de São Paulo, é conhecida no espiritismo pela sua vasta literatura psicografada. Em 40 anos de dedicação à mediunidade, publicou 61 livros. Seu orientador é o espírito do poeta Tomás Antonio Gonzaga, que participou da Inconfidência Mineira. A dedicação à psicografia levou Marilusa a fundar em 1985 a Editora Espírita Radhu, sigla para renúncia, abnegação, desprendimento e humildade, a base dos ensinamentos na doutrina. Ela reúne outros dons, como ouvir, falar e enxergar espíritos e ser instrumento deles na pintura mediúnica. “Os vários tipos surgiram desde a infância”, conta Marilusa, que nasceu numa família espírita. “O controle da mediunidade é indispensável. O médium não é joguete do espírito. Eles interagem, num acordo mútuo de tarefa.”
Os espíritas dizem que todas as pessoas têm algum grau de mediunidade. Qualquer um seria capaz de emitir pensamentos em forma de ondas eletromagnéticas que chegariam a outros planos. O que torna algumas pessoas especiais, segundo os praticantes, a ponto de se transformarem em canais de comunicação com os mortos, é uma missão – designada antes mesmo de nascerem, determinada por ações em vidas anteriores e que tem na caridade o objetivo final. “É uma tarefa em favor da evolução de si mesmo e da ajuda ao próximo”, diz Julia Nesu, diretora do departamento de doutrina da União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo. Fenômenos relacionados a pessoas que falavam com mortos e envolvendo objetos que se mexiam são relatados desde o século XVII, tanto na Europa quanto nas Américas, mas hoje cientistas tentam compreender o fenômeno. Algumas linhas de pesquisa mostram que o cérebro dos médiuns é diferente dos demais.
São cinco os meios de expressão da mediunidade. A psicografia, que consagrou Chico Xavier, é a mais conhecida. Nela, o médium escreve mensagens e histórias que recebe de espíritos. Estaria sob o controle deles o que as mãos transcrevem. A vidência permite enxergar os mortos que não conseguiram se desvencilhar da Terra ao não aceitarem a morte ou que aparecem para enviar recados a entes queridos. Na psicofonia, o sensitivo é capaz de ouvir e reproduzir o que os espíritos dizem e pedem. A psicopictografia, ou pintura mediúnica, permite ao médium ser instrumento de artistas desencarnados (termo usado pela doutrina para designar mortos). A mediunidade da cura é responsável pelas chamadas cirurgias espirituais. Não é incomum um mesmo indivíduo reunir mais de um tipo de dom.
VIDÊNCIA
Ver e auxiliar aqueles que estão em outro plano
Aos cinco anos, o chefe de faturamento hospitalar Ivanildo Protázio, de São Paulo, 49 anos, pegava no sono com o carinho nos cabelos que uma senhora lhe fazia todas as noites. Descobriu tempos depois que era a avó, morta anos antes. Aos 19 anos, os espíritos já se materializavam para ele.“Nunca tive medo. Sempre me pareceu natural.” A mãe, que trabalhava na Federação Espírita, o encaminhou para as aulas em que aprenderia a lidar com o dom. Hoje, Protázio é professor de educação mediúnica. Essa é uma parte da sua missão. A outra é orientar os espíritos que lhe pedem auxílio para entender o que aconteceu com eles. A oração é o remédio. “Os espíritos superiores me ensinaram a importância da caridade para nossa própria evolução.”
A reportagem de ISTOÉ presenciou uma manifestação mediúnica em Indaiatuba, interior de São Paulo. O tom de voz baixo e os gestos delicados de Solange Giro, 46 anos, sugeriam que ela carrega certa timidez ao expor a própria vida numa conversa com um estranho. Cerca de duas horas depois, porém, é difícil acreditar no que os olhos vêem. Diante de uma tela em branco, sobre uma mesa improvisada com dezenas de tubos de tinta, a mulher começa a pintar um quadro na seqüência de outro. O tempo gasto em cada um não passa de nove minutos. As obras são coloridas e harmoniosas. “Nunca fiz aula de artes. Mal conseguia ajudar meus filhos com os desenhos da escola”, diz, minutos antes da apresentação. A discreta Solange dá lugar a uma pessoa que fala alto, canta e encara os interlocutores nos olhos, com ar desafiador. A assinatura nas telas não leva seu nome, mas de artistas famosos – e já mortos –, como Monet, Mondrian e Tarsila do Amaral. Seria uma interpretação digna de uma atriz? Talvez. O que difere o momento de uma encenação é subjetivo e dá margem a dezenas de explicações – convincentes ou não. Talvez seja possível encontrar respostas no que a artista diz a cada uma das pessoas da platéia presenteadas com um dos dez quadros produzidos na noite. Enquanto entregava a obra, ela desferia características e situações de vida de cada um absolutamente desconhecidas dela. O mentor que a guia é o médico holandês Ernst, que viveu no século XVII. A sensitiva garante que era ele, não ela, quem estava presente na pintura dos quadros.
Nem sempre é fácil aceitar a mediunidade, que pode causar medo quando começa a se manifestar. “Ainda hoje não gosto quando vejo o possível desencarne de alguém. Nestas horas, preferia não saber”, conta a psicóloga Marilusa Moreira Vasconcelos, 65 anos, de São Paulo, que psicografa. O médium de cura Wagner Fiengo, analista fiscal paulistano, 37 anos, chegou a se afastar da doutrina. “Aos 13 anos não entendia por que presenciava aquilo.” Para manter a sanidade e o equilíbrio, as pessoas que possuem dons e querem fazer parte da religião espírita precisam se dedicar à educação mediúnica. O curso leva cinco anos. Inclui os ensinamentos que Allan Kardec compilou no Livro dos Espíritos – a obra que deu base ao entendimento da doutrina – e no Livro dos Médiuns – que explica quais são os tipos de mediunidade, como eles se manifestam e os cuidados a serem tomados. Entre eles, o combate a falhas de comportamento, como vaidade, orgulho e egoísmo. O Espiritismo prega que as imperfeições da personalidade atraem espíritos com a mesma vibração. “O pensamento é tudo. Aqueles que pensam positivo atrairão o que é semelhante. O mesmo acontece com o pensamento negativo e os vícios. Quem gosta de beber, por exemplo, chama a companhia de espíritos alcoólatras”, afirma o professor de educação mediúnica Ivanildo Protázio, 49 anos, de São Paulo, que tem o dom da vidência.
PSICOFONIA
Falar o que os espíritos querem dizer
A intuição do servidor público Geraldo Campetti, 42 anos, de Brasília, começou na infância. Ele tinha percepções inexplicáveis, das quais mais ninguém se dava conta. Era como se absorvesse sentimentos que não eram seus. Apenas identificava que existia algo além do que seus olhos enxergavam. Até que as sensações começaram a tomar forma. Campetti passou a ouvir súplicas de ajuda. De espíritos, inconformados com a morte. Aos 29 anos, não se assustou. De família espírita, conhecia a mediunidade. “Mas sabia que precisava estudar para manter o equilíbrio”, diz. Hoje diretor da Federação Espírita Brasileira, afirma ter controle sobre o dom de ouvir e transmitir recados dos mortos. Eventualmente, um espírito pede uma mensagem à pessoa com quem ele conversa. “Isso é espontâneo, não da minha vontade.”
Imaginar que convivemos no cotidiano com pessoas que estão mortas vai além da compreensão sobre a vida – pelo menos para quem não acredita em reencarnação. Mas até na ciência já existem aqueles que conseguem casar racionalidade com dons espirituais. Esses especialistas afirmam que a mediunidade é um fenômeno natural, não sobrenatural. E que o mérito de Allan Kardec foi explicar de maneira didática o que sempre esteve presente – e registrado – desde a criação do mundo em todas as religiões. O que seria, dizem os defensores da doutrina, a anunciação do Anjo Gabriel a Maria, mãe de Jesus, se não um espírito se comunicando com uma sensitiva?
Apesar desse contato constante, os mortos, ou desencarnados, como preferem os espíritas, não aparecem em “carne e osso”. A ligação com o mundo dos vivos seria possível graças ao perispírito, explica Geraldo Campetti, diretor da Federação Espírita Brasileira. “Ele é o intermediário entre o corpo e o espírito. A polpa da fruta que fica entre a casca e o caroço.” O perispírito seria formado por substâncias químicas ainda desconhecidas pelos pesquisadores terrenos, garantem os adeptos do espiritismo. “É a condensação do que Kardec batizou como fluido cósmico universal”, afirma o neurocirurgião Nubor Orlando Facure, diretor do Instituto do Cérebro de Campinas. Nas quatro décadas em que estuda a manifestação da mediunidade no cérebro, Facure mapeou áreas cerebrais que seriam ativadas pelo fluido.
CURA
Cirurgias sem dor nem sangue
O primeiro espírito a se materializar para o analista fiscal Wagner Fiengo, 37 anos, de São Paulo, foi de um primo. Ele tinha dez anos, teve medo e se afastou. Mas, na juventude, um tio, seguidor da doutrina, avisou que era hora de ele se preparar para a missão que lhe fora reservada. Por meio da psicografia, seu guia espiritual, o médico Ângelo, informou que teriam um compromisso: curar pessoas. Ele não foi adiante. Uma pancreatite surgiu sem que os médicos diagnosticassem os motivos. Há quatro anos, seu guia explicou que as doenças eram ajustes a erros que Fiengo havia cometido numa vida passada. A missão era a forma de equilibrar a saúde e a alma. Em 2004, iniciou as cirurgias espirituais. Ele diz que não é uma substituição ao tratamento convencional. “É um auxílio na cura de fatores emocionais e físicos.”
Comprovar cientificamente a mediunidade também é objetivo do psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira, professor de medicina e espiritualidade da Faculdade de Medicina da USP e membro da Associação Médica-Espírita de São Paulo. Com exames de tomografia, ele analisou a glândula pineal (uma parte do cérebro do tamanho de um feijão) de cerca de mil pessoas. “Os testes mostraram que aqueles com facilidade para manifestar a psicografia e a psicofonia apresentam uma quantidade maior do mineral cristal de apatita na pineal”, afirma Oliveira. Ele também atende, no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, casos de pacientes de doenças como dores crônicas e epilepsia que receberam todos os tipos de tratamento, não tiveram melhora e relatam experiências ligadas à mediunidade. “Somamos aos cuidados convencionais, como o remédio e a psicoterapia, a espiritualidade, que vai desde criar o hábito de orar até a meditação. E os resultados têm sido positivos.” Uma pesquisa de especialistas da USP e da Universidade Federal de Juiz de Fora, publicada em maio no periódico The Journal of Nervous and Mental Disease, comparou médiuns brasileiros com pacientes americanos de transtorno de múltiplas personalidades (caracterizado por alucinações e comportamento duplo). Eles concluíram que os médiuns apresentam prevalências inferiores de distúrbios mentais, do uso de antipsicóticos e melhor interação social.
A maior parte dos cientistas acredita que a mediunidade nada mais é do que a manifestação de circuitos cerebrais. Alguns já seriam explicáveis, como os estados de transe. Pesquisas da Universidade de Montreal, no Canadá, e da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, comprovaram que, durante a oração de freiras e monges católicos, a área do cérebro relacionada à orientação corporal é quase toda desativada, o que justificaria a sensação de desligamento do corpo. Os testes usaram imagens de ressonâncias magnéticas e tomografias feitas no momento do transe.
A teoria seria aplicável ao transe mediúnico, quando o médium diz incorporar o espírito e não se lembra do que aconteceu. Pesquisadores da Universidade de Southampton, na Inglaterra, estudaram pessoas que estiveram entre a vida e a morte e relataram se ver fora do próprio corpo durante uma operação ou entrando em contato com pessoas mortas. Os estudiosos concluíram se tratar de um fenômeno fisiológico produzido pela privação de oxigênio no cérebro. Trabalhando sob stress, o órgão seria também inundado de substâncias alucinógenas. As imagens criadas pela mente seriam apenas a retomada de percepções do cotidiano guardadas no inconsciente.
PSICOPICTOGRAFIA
Milhares de quadros pintados
Criada numa família católica, Solange Giro, 46 anos, de Parapuã, interior de São Paulo, teve o primeiro contato com o espiritismo aos 20 anos, ao conhecer o marido. Ele, que perdera uma noiva, buscava o entendimento da morte. Já casada e com dois filhos, passou a sofrer de depressão. Encontrou alívio na desobsessão (trabalho que libertaria a pessoa de um espírito que a domina). A mediunidade dava os primeiros sinais. Logo passou a ouvir e ver espíritos. O dom da psicografia veio em seguida. Era um treino para ser iniciada na pintura mediúnica. “Pintei cinco mil quadros no primeiro ano. Estão guardados. Não tive autorização para mostrá-los”, conta Solange, que diz nunca ter estudado artes. Nos últimos 13 anos, ela recebeu aval de seu mentor para vender os quadros. O dinheiro é revertido para a caridade.
O psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira rebate a incredulidade. “Se uma pessoa está em cirurgia numa sala e consegue descrever em detalhes o que ocorreu em um ambiente do outro lado da parede, é possível ser apenas uma sensação?” Essa é uma pergunta que nenhuma das frentes de pesquisa se arrisca – ou consegue – a responder com exatidão. Da mesma maneira que todos os presentes à sessão de pintura em Indaiatuba saíram atônicos, sem conseguir explicar como alguém que conheceram numa noite foi capaz de decifrar suas angústias mais inconfessáveis.
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Fonte:
http://temporecord.wordpress.com/2010/03/19/espiritismo-o-poder-dos-mediuns-comprovacao-cientifica/
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Publicado em: SinapsesLinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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* Biblioteca Espírita Virtual Conheça : http://bvespirita.com/Livros-Menu.html * Colaboração: Alfredo F. Corrêa São Paulo-SP *