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REENCARNAÇÃO – PARTE 3
Queridos leitores, mais uma vez, retorno para trazer, na minha singela narrativa, colaboração acerca do extraordinário processo reencarnatório. Originalmente eu pensei em dividir esta dissertação em três partes e hoje eu faria o desfecho, mas são tantas as peculiaridades do processo, que prefiro não resumir tanto, e estender assim em quatro partes. Na verdade, o assunto é tão complexo e fascinante que o encontramos em abundância na literatura espírita e, se quiséssemos, poderíamos até escrever obras completas sobre o tema. Isto me faz refletir que, na Espiritualidade, a diversidade de situações do processo reencarnatório se estende ao infinito, nenhum é igual ao outro! Pensem então na também infinita misericórdia de Deus, que sempre mantém o concurso dos nossos abnegados Benfeitores Espirituais em todas essas ocasiões. Como somos pequenos diante da grandeza da Criação...
Desta vez, abordo mais diretamente o processo reencarnatório de Segismundo, que havia alguns meses havia se reaproximado de sua futura família a fim de harmonizar suas vibrações com seus pais já encarnados e lembremo-nos de que os Benfeitores também auxiliaram nessa questão, propiciando que todos ali ‘se perdoassem’.
Na casa da família do reencarnante já estavam postados os que André Luiz chamou de ‘Construtores’, espíritos designados pela Espiritualidade Superior para organizar a constituição cromossômica Segismundo. Sim, espíritos que efetuavam tarefa de extrema complexidade, manuseando mapas cromossômicos ainda indecifráveis a qualquer inteligência humana. (Lembrem-se de que o genoma humano foi recentemente decifrado e há muito ainda a se pesquisar!).
Segismundo apresentava-se um tanto quanto desanimado, inseguro, num estado de verdadeira prostração. Alexandre, o chefe da divina expedição, incumbiu-se de reanimá-lo com belíssimas exortações de força e coragem, um discurso que somente sendo lido no próprio livro pode dar a vocês a idéia da elevação de propósitos daquele grupo. Verdadeiramente emocionante!
André Luiz, sempre bastante ávido por informações, ficou surpreendido ao observar que Segismundo diferia de forma. Alexandre explicou acerca da plasticidade do perispírito e que Segismundo principiava o processo de restringimento, ou seja, começava ali a sua miniaturização para que fosse novamente conduzido ao útero materno. Para os simpatizantes da Doutrina e iniciantes dos estudos, não se impressionem, é isso mesmo, temos que retornar ao estado pré infantil e nosso espírito, durante a gestação, na maioria dos casos, permanece como que adormecido, sendo auxiliado pela mente materna, inclusive, este processo de diminuição era realizado ali com a ajuda do próprio reencarnante que era, a todo momento, incentivado a concentrar-se no estágio embrionário, e assim auxiliar no processo. Sobre o tema, transcrevo ainda um trecho de primorosa explicação que li no capítulo dois de ‘Ícaro Redimido’, pelo espírito Adamastor, de Gilson T. Freire: ‘A miniaturização ou restringimento, fenômeno a que está submetido o espírito no processo reencarnatório, quando, a tessitura* (*contextura, organização) plasmática do perispírito, antecedendo nova descida na carne, sofre uma contração involutiva, retornando aos patamares da evolução biológica, para abraçar um novo óvulo fecundado e elevá-lo, rapidamente, à condição das últimas conquistas no campo da vida carnal, através do milagre do desenvolvimento embrionário’ Temos então que tal processo ocorria ali com os influxos mentais do reencarnante e com o trabalho de magnetização dos ‘construtores’. Não duvidem leitores, que o poder do pensamento muda a realidade a nossa volta. São inúmeros os tratados que existem a respeito disso, de autores espíritas e não espíritas, então, se a mente tem o poder de mudar as coisas no nosso plano material, que dizer no espiritual, onde a ‘plasticidade’ de nossos corpos é muito maior... Recordei-me de que, certa feita, ao ler um romance espírita, impressionei-me com a narrativa de que uma lindíssima mulher na aparência física, ao se libertar dos laços de carne durante o sono, possuía uma aparência horripilante, então amigos, as nossas mentes e propósitos não só constroem a realidade ao nosso redor, mas revelam que somos!
Segismundo, então, ia paulatinamente diminuindo sua forma e, enquanto isso ocorria, Alexandre explicava a André que muitas criaturas reencarnam inconscientemente, sem a mínima noção do que ato que realizam, pela providência das tarefas intercessórias de autoridades espirituais superiores, isto em vista das necessidades de alguns encarnados, certos lares e determinados agrupamentos. Esta modalidade reencarnatória despende esforços praticamente sacrificiais dos Benfeitores Espirituais. Também existem os processos reencarnatórios de espíritos de elevada condição moral e, nestes casos, os Benfeitores pouco atuam, tamanha a lucidez do espírito que retorna aos círculos carnais. Essa explicação de Alexandre me fez lembrar que a falta de preparo de nossa parte, dificulta não só nossa reencarnação, mas como também nosso desencarne. Quantos não partem para o Plano Espiritual ou retornam à Terra totalmente alheios ao que lhes ocorre? Procuremos então, agora, sempre e cada vez mais, amealhar o verdadeiro tesouro de nossas almas: os valores morais!
O processo reencarnatório continuava e os construtores tinham em mãos o mapa cromossômico de Segismundo, apontando a integridade de todos os órgãos, à exceção do tubo arterial cardíaco, mas Alexandre consignou que, se Segismundo fosse firme em seus propósitos e trabalhasse para o bem, certamente obteria o equilíbrio de seu aparelho circulatório e não se debilitaria fisicamente com o problema. Mais uma vez, leitores, entra aqui a questão da Misericórdia Divina: quanto melhor o reeducando aprende a lição, mais rápido se livra de suas imperfeições e mazelas físicas e espirituais. As chances de redenção que temos são intermináveis. Quanto maior a determinação de propósitos elevados de quem reencarna, maior será sua chance de suplantar quaisquer condições menos nobres do corpo ou do ambiente, obtendo-se assim os títulos de maior significação para a vida eterna...
Alexandre, sempre paciente, enquanto trabalhava, elucidava ainda a André acerca dos cuidados com a formação sanguínea do novo ser e do concurso materno na organização física do bebê. André, fortemente comovido, constatou o tamanho da responsabilidade que nós encarnados temos diante do corpo material que nos é concedido, pois renascemos para produzir valores divinos em nosso corpo físico, muito diferente do que presenciamos atualmente. Nosso corpo é um tesouro e nossas forças físicas devem evoluir como nossas almas. Portanto leitores, livremos esse valioso patrimônio, nosso corpo, dos exageros gastronômicos, dos vícios e dos exageros de toda a sorte. Alexandre disse com profunda sabedoria: ‘sem esse entendimento de harmonia no império orgânico, é inútil procurar a paz’.
Queridos leitores, aqui finalizo mais esta etapa, para que a leitura não se torne cansativa. Em nosso próximo encontro trarei a descrição do processo de ligação fluídica de Segismundo a seu novo corpo físico e ultimação do processo reencarnatório, que se prolonga até os sete anos da criança. Agradeço imensamente a Deus e a vocês por esta rica oportunidade de aprendizagem. Muita paz em seus lares e corações.
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Autora: Daniela Marchi - Araçatuba-SP
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