30 de ago. de 2008
A árvore da vida
A árvore da vida
É chegado o momento de construirmos a árvore da vida. Terminado o Projeto Genoma, esse será o grande projeto da biologia. Galho por galho, ramificação por ramificação, as espécies de animais, vegetais e microorganismos serão ordenadas pelo grau de parentesco e pela ordem de aparecimento na evolução.
Desde que Darwin e Wallace revolucionaram a biologia com a demonstração de que as espécies não haviam sido criadas por Deus num dia, como imaginava a ciência da época, houve várias tentativas de agrupar os seres vivos com base em critérios morfológicos como tamanho, número de células, esqueleto ósseo, disposição dos membros ou capacidade de mamar quando pequeno.
No final do século 19, Ernst Haechel propôs uma árvore genealógica que representasse o pedigree do homem. Na base do tronco, ficavam os chamados animais primitivos, categoria na qual incluía seres tão díspares como amebas e animais que põem ovos. Nos primeiros galhos, vinham esponjas, crustáceos, vermes, peixes, aves, répteis e anfíbios. Nos mais altos, estavam representados os mamíferos e, no topo deles, logo acima dos gorilas e orangotangos, aparecia o homem - "o experimento supremo da natureza".
Tal visão antropocêntrica, que imaginava a evolução um mero mecanismo destinado a atingir o clímax com a criação do Homo sapiens, foi sepultada definitivamente pelos biólogos evolucionistas do século 20. Depois deles, ficou claro que a seleção natural é madrasta impiedosa, não está interessada na criação e muito menos na sobrevivência do homem ou de qualquer outra espécie. Para ela, temos a importância das Wolbachias que vivem no intestino dos carrapatos.
Nos últimos 20 anos, ganharam destaque científico os biólogos filogenéticos, interessados em caracterizar as relações existentes entre as diversas formas de vida a partir da avaliação da proximidade ou distância entre seus DNAs. Comparar a forma do corpo de seres diferentes e identificar semelhanças entre eles, o método clássico de classificação das espécies, passou a ser complementado pela comparação dos repertórios genéticos, a sintonia fina.
Não faz muito tempo, os anfíbios eram considerados descendentes dos dinossauros. Hoje sabemos que não o são, os pássaros e as aves modernas foram os únicos dinossauros que sobreviveram ao final catastrófico. Com as novas técnicas genéticas, muitas bactérias, plantas e animais têm mudado de ramo na árvore genealógica. Seres antes classificados como bactérias se transformam em fungos, saltando distâncias evolutivas maiores do que a existente entre nós e os mosquitos.
A tarefa de construção da nova árvore da vida é gigantesca. Embora existam um milhão e setecentas e cinqüenta mil espécies catalogadas, muitos cientistas calculam que esse número pode chegar a 30 milhões ou mais. Pior: das espécies já registradas, apenas 50 mil estão organizadas em pequenos galhos que ainda não foram postos lado a lado na árvore.
Com a força do argumento de que o número de análises filogenéticas tem dobrado a cada cinco anos e de que a finalidade de construir a árvore não é apenas alinhar espécie por espécie numa seqüência lógica, mas a de definir princípios abrangentes de organização das espécies, a Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos decidiu reunir os maiores especialistas da área para discutir os objetivos a serem atingidos. Impossível não comparar a iniciativa com as que precederam a criação do Projeto Genoma, em meados dos anos 1980.
Como no Genoma, o primeiro desafio será a criação da infra-estrutura de informática - a filoinformática - para processar os infinitos dados obtidos por meio do seqüenciamento automatizado dos genes presentes na incrível biodiversidade terrestre e aquática. A árvore custará caro, talvez mais até do que os US$ 3 bilhões projetados para o Projeto Genoma. Qual será o benefício social de investir recursos tão altos num projeto desse tipo?
A medicina tem utilizado os princípios de relações genéticas entre os microorganismos para explicar como alguns germes se tornam resistentes aos medicamentos, como proteínas produzidas por diferentes organismos podem ser úteis ao homem, ou o impacto que uma bactéria alienígena pode causar na flora intestinal ou numa população de indivíduos suscetíveis a ela.
A organização das espécies em uma árvore genealógica é fundamental porque aprofundará o conhecimento da biodiversidade a níveis jamais imaginados, permitirá fazer previsões que revolucionarão a medicina e a agropecuária e tornará possível a escolha das intervenções mais eficazes para a preservação da natureza.
Além disso, pode existir coisa mais fascinante do que decifrar os caminhos da vida na Terra?
Fonte:
http://drauziovarella.ig.com.br/artigos/arvorevida.asp
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Colaboração:
Diniz Aleixo de Moraes - São Paulo-SP
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Fernando Pessoa
Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo…
(Fernando Pessoa)
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Colaboração: Irenita Forster - São Paulo-SP
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29 de ago. de 2008
Imprevistos durante visitas
No curso de visitas determinada, calar quaisquer apontamentos ou perguntas, quando os anfitriões estiverem recebendo correspondência.
Ante uma discussão, absolutamente inesperada entre familiares, guardar discrição e respeito.
Nunca prorromper em gritos ou exclamações se um inseto ou algum pequeno animal surge à vista.
Conservar calma sem interferência, toda vez que uma criança da moradia visitada entre a receber essa ou aquela repreensão dos adultos.
Abster-se de comentar negativamente os pequeninos desastres caseiros, como sejam a queda de alguém ou a louça quebrada.
Se aparecerem outras visitas, mesmo em se tratando de pessoas com as quais não nos achemos perfeitamente afinados, não nos despedimos abruptamente e sim permanecer mais algum tempo, no recinto doméstico em que estejamos, testemunhando cordialidade e acatamento.
Vendo pessoas que nos sejam desconhecidas ou que ainda não nos foram apresentadas, no lar que nos acolhe, jamais formular indagações, quais estas: “quem é este?”, “quem é ela?”, “é pessoa de sua família?”, “que faz aqui?” ou “será que já conheço essa criatura?”
Se os donos da casa estão prontos para sair, no justo momento de nossa chegada, devemos renunciar ao prazer de visitá-los, deixando-os em liberdade.
Quem visita, deve sempre levar consigo otimismo e compreensão para serem usados em qualquer circunstância.
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28 de ago. de 2008
Superação
Em tempos de olimpíadas vi um cartaz no quadro de aviso da academia: venham pedalar neste sábado, três horas de spinning.
Para quem não sabe, spinning é um esporte que se pratica sobre bike, digo, bicicleta, indoor, ou seja dentro de uma sala de aula, com música e muita agitação.
Pratico spinning há cinco anos, duas a três vezes por semana, uma hora.
Pedalar por três horas seguidas considerei uma proposta indecente da professora. Resolvi tentar. Estou treinando corrida para a próxima São Silvestre, de maneira que qualquer exercício que me mantenha em forma é bem vindo.
Armei-me de coragem e fui. Primeira, segunda e terceira horas, dei o meu máximo. Suei a camisa. No final a Vivi,nossa mestra do pedal, perguntou quanto tempo fazia que não fazíamos algo pela primeira vez? Boa pergunta.
Muito tempo! Pela primeira vez eu pedalara por três horas consecutivas e me sentia maravilhosa.
Interessante esta pergunta:há quanto tempo você não faz alguma coisa pela primeira vez?
Depois de algumas décadas de vida temos a impressão de que já vimos de tudo e que já vivemos todas as experiências que poderíamos ter vivido. Só vivemos coisas novas quando viajamos. Conhecemos outros países, outros costumes, outros povos. Entretanto, a cada dia podemos fazer algo de novo.
Como diz a música dos titãs,podemos ver o sol nascer, de diferentes pontos da cidade, ou ver o sol se por.
Podemos conversar com um desconhecido no metrô. Pegar outra rua para chegar em casa. Comer alguma coisa diferente. Dançar em outro clube. São Paulo está repleto de lugares e coisas novas a cada dia. Há pessoas que vivem na mesmice durante toda uma vida. Adoram a rotina. Qualquer coisa que saia do cotidiano as espanta e estressa. Melhor ficar onde estou e do jeito que eu já conheço. É mais seguro, sem dúvida.
Mas, porque não tentar coisas novas? Porque não se superar? Em tempos de Michael Phelps,o monstro imbatível das piscinas, ou de Usain Bolt o jamaicano com asas nos pés, vamos ficar só observando?
Será que as olimpíadas que nos mostram, a cada 4 anos, que o homem pode sempre superar seus recordes, não traria uma mensagem de superação individual também?
Porque não voltar a pedalar no Ibirapuera? Dançar como na juventude? Comer pipoca no cinema? Conhecer um outro parque? Visitar um museu que ainda desconhecemos?
Mudar um pouco a nossa rotina e ver o sol do pico do Jaraguá? Pode ser até do terraço Itália. Escalar uma montanha em Monte Verde? Voltar a fazer alguma coisa que não fazemos desde há dez ou vinte anos, só porque ficamos mais velhos e mais responsáveis?
Cada um de nós sabe o que pode fazer pra mudar pra melhor o seu dia.
Falando em superação, em Phelps, Bolt ou mesmo do nosso querido Cielo,que tal nos superarmos em alguma coisa e batermos nosso recorde?
Sabe aquele vício que carregamos há anos? Seja cigarro, chocolate ou chopp? Ou mesmo a maledicência, a inveja o orgulho?
Seria ótimo aproveitarmos estas olimpíadas para vencer a nos mesmos. Estes maravilhosos atletas nos ensinam a cada competição o quanto podemos fazer por nós mesmos.
Seja em esporte, em cultura, em atitude, todos nós a cada dia podemos ser melhor do que fomos ontem. Como os atletas, devemos encerrar a prova já imaginando como vamos nos superar na próxima. Cada fracasso deve ser usado como experiência. Cada medalha de bronze nos conduzir para a de prata, sem nunca desistirmos de conquistar o ouro.
O corpo, este veículo tão frágil e passageiro, será apenas um veículo, mesmo para a Maureen Maggi.
Não carregaremos o ouro olímpico para o além. Nem mesmo o Phelps. Se ele não se tornar um indivíduo melhor, nenhuma de suas medalhas terá valido a pena.
Sinto que superei muitas mazelas já nesta vida. Sinto outras tantas a serem superadas. Quero estar lúcida e atenta aos meus pontos fracos e meus vícios para poder superá-los um a um. Mesmo que não fature nenhuma medalha, quero ter certeza de que morri batalhando. Certeza que dei do meu máximo. Que não vacilei diante das provas. Que não tive medo do novo, do desconhecido. Certeza de que não estou aqui a passeio. Que aproveitei todas as oportunidades. Que nunca tive receio de fazer algo de novo a cada dia. Que tentei transmitir aos que estiveram por perto, que viver é uma experiência que vale a pena.
Edna Sbrissa - São Paulo-SP
26 de agosto de 2008
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Visitação a doentes
A visita ao doente pede tato e compreensão.
Abster-se de dar a mão ao enfermo quando a pessoa for admitida à presença dele, com exceção dos casos em que seja ele quem tome a iniciativa.
Se o visitante não é chamado espontaneamente para ver o doente, não insistirá nisso, aceitando tacitamente os motivos manifestos que lhe obstam semelhante contato.
Toda conversa ao pé de um doente, exige controle e seleção.
Evitar narrações ao redor de moléstias, sintomas, padecimentos alheios e acontecimentos desagradáveis.
Um cartão fraterno ou algumas flores, substituindo a presença, na hipótese de visitação repetida, em tratamentos prolongados, constituem mananciais de vibrações construtivas.
Conquanto a oração seja bênção providencial, em todas as ocasiões, o tipo de assistência médica, em favor desse ou daquele enfermo, solicita apreço e acatamento.
Nunca usar voz muito alta em hospital ou em quarto de enfermo.
Por mais grave o estado orgânico de um doente, não se lhe impor vaticínios acerca da morte, porquanto ninguém, na Terra, possui recursos para medir a resistência de alguém, e, para cada agonizante que desencarna, funciona a Misericórdia de Deus, na Vida Maior, através de Espíritos Benevolentes e Sábios que dosam a verdade em amor, em benefício dos irmãos que se transferem de plano.
Toda visita a um doente - quando seja simplesmente visita - deve ser curta.
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27 de ago. de 2008
Leitura e Escrita
Palavra escrita, a melhor amiga da memória.
Escreva o que não deve ser esquecido.
(Isabel Allende)
● Escreva bilhetes
● Escreva listas de coisas a fazer
● Anote pensamentos e idéias
● Copie poemas
● Faça jogo de palavras e trocadilhos
● Jogue forca
● Copie letras de músicas
● Use agendas de lembranças
● Faça um diário
● Faça um caderno de piadas
● Escreva histórias que os mais velhos contam
● Faça álbuns com fotos e informações sobre a família e os amigos
● Copie trechos da Bíblia
● Copie frases dos filósofos
Fonte: www.ecofuturo.org.br
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Colaboração: Mário Leal Filho - São Paulo-SP
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Visitas fraternas
Visita é um ato de fraternidade, do qual não convém abusar com furto de tempo ou comentário inconveniente.
Sempre que possível, a visita será marcada com antecedência, a fim de que não se sacrifique aqueles que a recebem.
A pessoa que visita outra, pelo prazer da amizade ou da cortesia, não necessitará, para isso, de tempo acima de quinze ou vinte minutos, competindo aos anfitriões prolongar esse tempo, insistindo para que o visitante ou visitantes não se retirem.
Entre os que se reencontram, haverá espontaneamente bastante consideração para que não surjam lembranças desagradáveis, de parte a parte.
Nunca abusar do amigo que visita, solicitando-lhe serviço profissional fora de lugar ou de tempo, como quem organiza emboscada afetiva.
Não se aproveitar dos minutos de gentileza, no trato social, para formular conselhos que não foram pedidos.
Calar impressões de viagens ou dados autobiográficos, sempre que não sejam solicitados pelos circunstantes.
Evitar críticas, quaisquer que sejam.
Silenciar perguntas capazes de constranger os anfitriões.
Nunca deitar olhadelas para os lados, à maneira de quem procura motivos para censura ou maledicência.
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26 de ago. de 2008
Tempo para tudo
Tempo
Livro do Eclesiastes - capítulo 3
Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus:
● tempo para nascer, e tempo para morrer;
● tempo para plantar, e tempo para arrancar o que foi plantado;
● tempo para matar, e tempo para sarar;
● tempo para demolir, e tempo para construir;
● tempo para chorar, e tempo para rir;
● tempo para gemer, e tempo para dançar;
● tempo para atirar pedras, e tempo para ajuntá-las;
● tempo para dar abraços, e tempo para apartar-se;
● tempo para procurar, e tempo para perder;
● tempo para guardar, e tempo para jogar fora;
● tempo para rasgar, e tempo para costurar;
● tempo para calar, e tempo para falar;
● tempo para amar, e tempo para odiar;
● tempo para a guerra, e tempo para a paz.
Colaboração:
Sérgio Norio Itami - Tremembé-SP
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25 de ago. de 2008
Ilusões e desilusões doutrinárias
Ilusões e desilusões doutrinárias
A Física mudou minha mentalidade e comecei a ver que as religiões, em si, representavam o maior atraso possível na mentalidade do povo porque incutiam uma fé e uma crença cujo único objetivo era o de prender o fiel e crente aos vínculos dos seus respectivos templos religiosos, ensinando erroneamente o Timor Domini para que, visando a um lugar no céu hipotético religioso, o adepto ficasse preso aos princípios de sua Igreja ou templo.
No ocidente, onde vivemos, a Igreja, dita cristã, não difere das demais: segue rigorosamente os mesmos princípios religiosos de garantir que o seu Mestre - no caso, ficticiamente, Jesus - seria o único verdadeiro que "salvaria" aqueles que o aceitasse de corpo e espírito e em essência. Salvar de quê? Do Pecado Original, já que não havia outra culpa que pudesse ser imputada ao fiel seguidor do Cristianismo. Tudo isso, evidentemente, inaceitável para meu raciocínio.
Não podia conceber privilégios para os que seguissem fielmente as determinações eclesiásticas, independentemente de sua conduta e de suas ações.
O Espiritismo que eu conhecia negava tudo isso. Estava contido nas obras de Kardec, embora eu tivesse a ousadia de discordar de muitos pontos codificados por Kardec, principalmente aqueles mais intimamente ligados aos Cristianismo.
Contudo, baseado nas próprias definições dadas por Kardec em sua obra O que é o espiritismo, para mim, aquele que seguisse esta doutrina jamais aceitaria o evangelismo eclesiástico imposto pela Igreja.
Foi minha primeira e grave desilusão: com mensagens mediúnicas de Emmanuel e Joanna de Ângelis, estavam tentando transformar o Espiritismo em mais uma seita evangélica, legando a segundo plano não só a prudente filosofia espírita de vida como ainda as provas fenomênicas da existência de uma vida espiritual verdadeira, completamente diferente daquela que o Cristianismo, com Emmanuel e de Ângelis estavam pregando.
Mas o que pude verificar é que imperava esta mentalidade: não respeitavam mais Kardec e, para os seguidores do tal Cristianismo redivivo, nada mais teria valor senão a salvação por Cristo, o exemplo de vida e o grande Mestre responsável pelo nosso planeta.
Só não deu para que eu entendesse porque Jesus seria este Cristo, negando os demais povos que não tinham ou tiveram a oportunidade de o conhecer e que, sem dúvida, é a maior parte da população planetária.
Na minha parca opinião, estes neo-espíritas deveriam constituir sua própria doutrina que nós, os verdadeiros seguidores de Kardec, respeitaríamos e que evitaria tumultuar a formação doutrinária e a linha de pensamento do verdadeiro Espiritismo.
Todavia, lembrei-me que, quando ainda bem jovem, numa das sessões mediúnicas que assisti, um Espírito muito amigo de meu pai, porque fora companheiro dele, quando encarnado, no movimento espírita do Rio de Janeiro, deu uma comunicação psicofônica dizendo ao velho companheiro que os jesuítas, maiores inimigos, na Espiritualidade da codificação, estavam armando uma nova artimanha para desconfigurar a doutrina codificada por Kardec, numa tentativa de transformá-la em mais uma seita evangélica, o que acabaria com os fundamentos verdadeiramente espíritas.
Curioso: Emmanuel foi um padre Jesuíta.
Estranho: a tendência atual do movimento espírita no Brasil é de transformá-lo numa seita cristã, adotando, até, os dogmas do Cristianismo, tendo Jesus como Salvador e único.
De fato, o Espiritismo que conheci, de berço, era um, este que atualmente impera em nosso movimento, é outro. E tudo pode se harmonizar, desde que os fanáticos não se tornem tão intransigentes: basta que se considere como Espiritismo, apenas, a codificação kardequiana e que se criem novas doutrinas para os demais seguidores.
O Emmanuelismo seria muito bem-vindo se não quisesse impor seus preceitos com espíritas. O Roustainguismo, apesar da sua mediocridade de princípios docetistas, poderia coexistir pacificamente em qualquer lugar, com seus adeptos, desde que eles não se tivessem como seguidores de Kardec, tentando "evangelizar" nosso meio com estultices de um ser "fluídico", imaterial, contrariando tudo o que a Ciência, até o presente momento, conhece.
Por que não harmonizarmos a coexistência de todos, separando os "credos"?
Espiritismo, de um lado, com Kardec, sem qualquer influência estranha. Evangelismo, com Emmanuel e Joana de Ângelis, separadamente. Tendo como escopo o cristianismo igrejista dos jesuítas. Roustainguismo com o docetismo, sem qualquer vínculo com o Espiritismo. Enfim, e qualquer outra crença que queira subsistir, separadamente, sem se imiscuir com os fundamentos do Espiritismo, tal como fazem os Umbandistas.
E viva os Umbandistas! Eles estão certíssimos. Estudam Kardec como decorrência fenomênica, mas, mantêm-se fiéis a seus princípios próprios, respeitando-nos e esperando ser respeitador por nós.
Por que não se separar os conceitos e irmanar no sentido mais do que fraterno de coexistência pacífica, cada qual adotando seus princípios filosóficos, sem um conspurcar o outro com ataques de dissidências?
O Espiritismo permanecerá com suas características próprias e os demais adotarão uma nova linha de conduta, como fez o Dr. Randolpho Penna Ribas, em tempos idos, quando quis instituir novos princípios doutrinários, para que não interferisse no movimento fiel a Kardec.
Esta é a minha grande decepção: imporem suas vontades e suas idéias como sendo as espíritas, no lugar do que Kardec tenha escrito. A isto dá-se o nome de intolerância. E Kardec admite, até, que o Espiritismo possa ser seguido pelos que se oponham ao Cristianismo.
Carlos de Brito Imbassahy
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Colaboração:
João Batista Bonani - Taubaté-SP
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Perante o sexo
Nunca escarneça do sexo, porque o sexo é manancial de criação divina, que não pode se responsabilizar pelos abusos daqueles que o deslustram.
Psicologicamente, cada pessoas conserva, em matéria de sexo, problemática diferente.
Em qualquer área do sexo, reflita antes de se comprometer, de vez que a palavra empenhada gera vínculos no espírito.
Não tente padronizar as necessidades afetivas dos outros por suas necessidades afetivas, porquanto embora o amor seja luz uniforme e sublime em todos, o entendimento e posição do amor se graduam de mil modos na senda evolutiva.
Use a consciência, sempre que se decidir ao emprego de suas faculdades genésicas, imunizando-se contra os males da culpa.
Em toda comunicação afetiva, recorde a regra áurea: “não faça a outrem o que não deseja que outrem lhe faça.”
O trabalho digno que lhe assegure a própria subsistência é sólida garantia contra a prostituição.
Não arme ciladas para ninguém, notadamente nos caminhos do afeto, porque você se precipitará dentro delas.
Não queira a sua felicidade ao preço do alheio infortúnio, porque todo desequilíbrio da afeição desvairada será corrigido, à custa da afeição torturada, através da reencarnação.
Se alguém errou na experiência sexual, consulte o próprio íntimo e verifique se você não teria incorrido no mesmo erro se tivesse oportunidade.
Não julgue os supostos desajustamentos ou as falhas reconhecidas do sexo e sim respeite as manifestações sexuais do próximo, tanto quanto você pede respeito para aquelas que lhe caracterizam a existência, considerando que a comunhão sexual é sempre assunto íntimo entre duas pessoas, e, vendo duas pessoas unidas, você nunca pode afirmar com certeza o que fazem; e, se a denúncia quanto à vida sexual de alguém é formulada por parceiro ou parceira desse alguém, é possível que o denunciante seja mais culpado quanto aos erros havidos, de vez que, para saber tanto acerca da pessoa apontada ao escárnio público, terá compartilhado das mesmas experiências.
Em todos os desafios e problemas do sexo, cultive a misericórdia para com os outros, recordando que, nos domínios do apoio pela compreensão, se hoje é o seu dia de dar, é possível que amanhã seja seu dia de receber.
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* Biblioteca Espírita Virtual Conheça : http://bvespirita.com/Livros-Menu.html * Colaboração: Alfredo F. Corrêa São Paulo-SP *