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A Luta pela Reforma Íntima
O calar da baioneta no fuzil é algo seco, cru e aterrador porque apresta o soldado para a luta de corpo-a-corpo.
O simultâneo tilintar reproduzido pelos metais de milhares de encaixes de armas é o aviso sinistro e incontestável de que já se impõe cruenta batalha.
Em estado de guerra, os homens mantêm-se prontos mediante treinamento e disciplina ferrenha de procedimentos. O alerta ao perigo iminente é intrínseco ao militar.
Enquanto no conflito armado se verifica essa disposição permanente para quaisquer enfrentamentos, nós, os cidadãos comuns, temos outras lidas existenciais que nos requerem vigilância constante e fé inabalável. Se bem que em muitas circunstâncias, temos a impressão de que não vivenciamos momentos tão fortes.
Assim, adiamos decisões significativas de rompimentos da acomodação e deixamos de fazer pequenos ajustes internos de moralidade, em detrimento da própria conduta e dos relacionamentos. Todavia, não precisamos voltar sabres para os nossos corações, pois não será este o modo de eliminar maus hábitos e defeitos arraigados.
Nossas máculas interiores serão extirpadas paulatinamente por meio das virtudes que conseguirmos conquistar pela vida afora, mediante o auto-conhecimento. Este é o processo da reforma íntima e devemos iniciá-Io sem demora, tendo em vista a obtenção da paz e da felicidade.
A jornada espiritual não se apressa, realiza-se através de inumeráveis existências planetárias, mas é tão mais profícua quanto mais cedo se dá a conscientização e o primeiro combate contra as más tendências.
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Autor: Márcio Murari
Fonte: Revista O Trevo nr.381 – agosto 2006
Colaboração: Antonio Roberto Vieira – São Paulo-SP – Brasil
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