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CONVITE À FELICIDADE
Desnecessária a fortuna a fim de fruí-la.
Secundária a juventude de modo a gozá-la.
Dispensável o poder para experimentá-la.
A felicidade independe dos valores externos, sempre transitórios, sem maior significação além daquela que se lhe atribuem.
Quando na velhice, o homem repassa as evocações, os sucessos e lamenta a juventude vencida.
Na enfermidade, considera os tesouros da saúde e sofre-lhe a ausência.
Diante da constrição da pobreza lembra as dádivas das moedas e experimenta amargura por não as possuir.
Sob condições de dependência, padece não ser forte no mundo dos negócios ou da política, deixando afligir-se desnecessariamente.
Acicatado por problemas morais, angustia-se ao verificar o júbilo alheio daqueles que transitam guindados a situações de destaque ou exibindo sorrisos de tranqüilidade...
Isso por ignorar o testemunho de aflição que cada um deve doar no panorama da evolução inadiável, de que ninguém pode se eximir.
Felicidade é construção demorada, que se realiza interiormente a tributo de laboriosa ação sacrificial.
Sem características externas, a seu turno, quando invade o ser, exterioriza-se qual luz brilhante aprisionada em redoma de delicado cristal...
Mesmo quando o homem consegue adicionar a juventude, o poder, a fortuna e a saúde aparente, a felicidade não está implicitamente com ele.
Por essa razão, lecionou Jesus que o Seu Reino não é deste mundo, como a corroborar que a felicidade não pode ser encontrada na Terra, por ser ainda o Orbe o domicílio expiatório e de provações onde todos forjamos a felicidade real, que virá só futuramente.
Realiza o teu quinhão de dever com devotamento e faze sempre o melhor a fim de que o aplauso da consciência tranqüila te conduza ao pórtico da felicidade real.
Não te exasperes face à desdita aparente. Nem te apegues ao júbilo momentâneo também ilusório.
De tudo e todos os estados retira o proveito da aprendizagem e, assim fazendo, a pouco e pouco perceberás que a felicidade é conseqüência da auto-iluminação libertadora, como decorrência do amor exercido em plenitude fraternal.
Texto extraído do livro “Convites da Vida”
Médium: Divaldo Franco
Espírito: Joanna de Angelis
Editora: LEAL
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Fonte:
http://www.livrarianossolar.com.br/index-artigo.htm
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