9 de out. de 2006

58 Mensagem de um Pai

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Mensagem de um Pai

Filho, permite-me, hoje, ser apenas humano. Não um herói ou um super-homem, mas apenas humano, com defeitos e limitações. Não um gigante, mas alguém que, como você, tem um limite para cada passo. Espero que isso não o surpreenda.

Filho, permite-me, hoje, dizer-te que sinto dores e aflições, medos e dúvidas e, por isso, choro. Choro como você, lágrimas sentidas, lágrimas amargas, lágrimas tristes. Tão tristes que me queimam. Espero que acredites.

Filho, permite-me, hoje, olhar-te com olhos de gente. Não com olhos de raio X, adivinhando-te cada pensamento, cada sentimento, para corresponder-te às expectativas, mas com olhos de quem espera também ser visto em detalhes.
Espero que não seja pedir-te muito.

Filho, permite-me, hoje, caminhar ao teu lado. Não quero segurar-te a mão, nem indicar-te o caminho. Quero apenas ter-te ao meu lado, quero que me faças companhia, que caminhes comigo alguns passos. Espero que estejas
disponível.

Filho, permite-me, hoje, reconhecer que também cometo erros, tantos quanto você, e que, se o faço, não é porque quero, mas porque sou tão imperfeito quanto qualquer outro ser humano. Espero que não te decepciones.

Filho, permite-me, hoje, calar. O silêncio, às vezes, fala muito mais do que muitas palavras e chega mais depressa ao coração. Espero que compreendas.

Filho, permite-me, hoje, mostrar-te minhas feridas. Sim, tenho feridas e cicatrizes. São minhas, é verdade, mas quero que as conheças, para que vejas que sou humano como tu. Espero que não te envergonhes delas.

Filho, permite-me, hoje, contar-te minhas alegrias, meus sonhos e minhas crenças. Eles falam muito de mim e mostram um lado meu que poucos conhecem. Espero que possam sensibilizar-te.

Filho, permite-me, hoje, trazer-te minhas memórias. Algumas são alegres, outras são tristes, mas são as minhas memórias. São elas que me fazem o que sou. E são um pouco tuas também. Espero que possas aceitá-las.

Filho, permite-me, hoje, abraçar-te sem receio. Talvez eu nunca tenha feito isso, mas é porque eu nunca soube mesmo como fazer. Espero que possas me ensinar.

Filho, permite-me, hoje, sorrir-te novamente. Nunca fui muito dado a sorrisos, mas foi assim que aprendi que um pai deve ser. Espero que sejas capaz de entender.

Filho, permite-me, hoje, abrir-te meu coração. Ele não é de pedra, como, muitas vezes, dei a entender. Ele bate como o teu e quero que o sintas com as tuas mãos. Espero que estejas receptivo.

Filho, permite-me, hoje, voltar a ser teu pai. Estive ausente, é verdade. Errei muito, reconheço. Mas nunca deixei de ser teu pai. E é assim que me sinto agora. Espero que possas me reconhecer e aceitar.

Nota: recebido espiritualmente em 8/out/2006
por Maísa Intelisano - alfamintelis@yahoo.com
Fonte: http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=5445
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