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Há vícios de nutrição da alma, tanto quanto existem na alimentação do corpo. O alimento do coração, para ser efetivo na vida eterna, há de basear-se nas realidades simples do caminho evolutivo. O alimento da alma para fixar-se, em definitivo, reclama o coração sinceramente interessado nas verdades divinas.
EMMANUEL
Alimentação dos desencarnados
Encarecendo a importância da respiração no sustento do corpo espiritual, basta lembrar a hematose no corpo físico, pela qual o intercâmbio gasoso se efetua com segurança, através dos alvéolos, nos quais os gases se transferem do meio exterior para o meio interno e vice-versa, atendendo à assimilação e desassimilação de variadas atividades químicas no campo orgânico.
O oxigênio que alcança os tecidos entra em combinação com determinados elementos, dando, em resultado, o anidrido carbônico e a água, com produção de energia destinada à manutenção das províncias somáticas.
Estudando a respiração celular, encontraremos, junto aos próprios arraiais da ciência humana, problemas somente equacionáveis com a ingerência automática do corpo espiritual nas funções do veículo físico, porque os fenômenos que lhe são conseqüentes se graduam em tantas fases diversas que o fisiologista, sem noções do Espírito, aborda-los-á sempre com a perplexidade de quem atinge o insolúvel.
Sabemos que para a subsistência do corpo físico é imprescindível a constante permuta de substâncias, com incessante transformação de energia.
Substância e energia se conjugam para fornecer ao carro fisiológico os recursos necessários ao crescimento ou à reparação do contínuo desgaste, produzindo a força indispensável à existência e os recursos reguladores do metabolismo.
O alimento comum ao corpo carnal experimenta, de início, a digestão, pela qual os elementos coloidais indifusíveis se transubstanciam em elementos cristalóides difusíveis, convertendo-se ainda as matérias complexas em matérias mais simples, acessíveis à absorção, a que se sucede a circulação dos valores nutrientes, suscetíveis de aproveitamento pelos tecidos, seja em regime de aplicação imediata, seja no de reserva, destinando-se os resíduos à expulsão natural.
A ciência terrena não desconhece que o metabolismo guarda a tendência de manter-se em estabilidade constante, tanto assim que, reconhecidamente, a despesa de oxigênio e o teor de glicemia em jejum revelam quase nenhuma diferença de dia para dia.
É que o corpo espiritual, comandando o corpo físico, sana espontaneamente, quando harmonizado em suas próprias funções, todos os desequilíbrios acidentais nos processos metabólicos, presidindo as reações do campo nutritivo comum.
Não ignoramos, desse modo, que desde a experiência carnal o homem se alimenta muito mais pela respiração, colhendo o alimento de volume simplesmente como recurso complementar de fornecimento plástico e energético, para o setor das calorias necessárias à massa corpórea e à distribuição dos potenciais de força nos variados departamentos orgânicos.
Abandonado o envoltório físico na desencarnação, se o psicossoma está profundamente arraigado às sensações terrestres, sobrevém ao Espírito a necessidade inquietante de prosseguir atrelado ao mundo biológico que lhe é familiar, e, quando não a supera ao preço do próprio esforço, no auto-reajustamento, provoca os fenômenos da simbiose psíquica, que o levam a conviver, temporariamente, no halo vital daqueles encarnados com os quais se afine, quando não promove a obsessão espetacular.
Na maioria das vezes, os desencarnados em crise dessa ordem são conduzidos pelos agentes da Bondade Divina aos centros de reeducação do Plano Espiritual, onde encontram alimentação semelhante à da Terra, porém fluídica, recebendo-a em porções adequadas até que se adaptem aos sistemas de sustentação da Esfera Superior, em cujos círculos a tomada de substância é tanto menor e tanto mais leve quanto maior se evidencie o enobrecimento da alma, porquanto, pela difusão cutânea, o corpo espiritual, através de sua extrema porosidade, nutre-se de produtos sutilizados ou sínteses quimioeletromagnéticas, hauridas no reservatório da Natureza e no intercâmbio de raios vitalizantes e reconstituintes do amor com que os seres se sustentam entre si.
Essa alimentação psíquica, por intermédio das projeções magnéticas trocadas entre aqueles que se amam, é muito mais importante que o nutricionista do mundo possa imaginar, de vez que, por ela, se origina a ideal euforia orgânica e mental da personalidade. Daí porque toda criatura tem necessidade de amar e receber amor para que se lhe mantenha o equilíbrio geral.
De qualquer modo, porém, o corpo espiritual com alguma provisão de substância específica ou simplesmente sem ela, quando já consiga valer-se apenas da difusão cutânea para refazer seus potenciais energéticos, conta com os processos da assimilação e da desassimilação dos recursos que lhe são peculiares, não prescindindo do trabalho de exsudação dos resíduos, pela epiderme ou pelos emunctórios normais, compreendendo-se, no entanto, que pela harmonia de nível, nas operações nutritivas, e pela essencialização dos elementos absorvidos, não existem para o veículo psicossomático determinados excessos e inconveniências dos sólidos e líquidos da excreta comum.
[56 pág.161] Uberaba, 16-4-1958
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O homem encarnado recebe mais de setenta por cento da alimentação comum através de princípios atmosféricos, captados pelos condutos respiratórios. As substâncias cozidas ao fogo sofrem profunda desintegração. Ora, os nossos Irmãos do plano espiritual, viciados nas sensações fisiológicas, encontram nos elementos desintegrados o mesmo sabor que experimentavam quando em uso do envoltório carnal.
[16a Pág. 119] - André Luiz
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Fonte: http://www.guia.heu.nom.br/alimentacao_dos_espiritos.htm
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