4 de abr. de 2009

Vaidades dos Espíritas

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3 vaidades dos espíritas:

1)
TEMPO que está na doutrina;
Ex.: Já estou no Espiritismo há NNN anos!
Obs.: Melhorou ou continua o mesmo?

2)
CARGO que tem na Casa Espírita;
Ex.: Sou diretor do departamento...
Obs.: Cumpre satisfatóriamente os encargos do cargo?

3)
MÉDIUNIDADE. Sou médium de...
Ex.: Sou médium de psicografia, psicofonia...
Obs.: A mediunidade demanda Caridade... silêncio.

Aos visitantes, por favor,
O Leal, não foge à regra.
Fraternalmente,
Leal
ep-leal@uol.com.br
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Espíritas Indesejáveis

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Espíritas Indesejáveis

"Não vejamos em nossos irmãos de crença, ainda imperfeitos, Espíritas Indesejáveis, mas pupilos de uma doutrina celeste, recém-libertados de terríveis correntes malignas."
Yvone A. Pereira
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Soberania da Lei

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Soberania da Lei

“Vai e vive a Lei.”
“Da Lei nada passará, sem que tudo se cumpra.”
“Pecar contra um mínimo Mandamento, é como pecar contra toda a Lei.”
“Meu pai, minha mãe e meus irmãos, são os que ouvem a Lei e a praticam.”
“Como forem vossas obras, assim mesmo recebereis.”
“Apartai-vos de mim, vós que obrais a iniqüidade.”
“Não sairás dali, até pagar o último ceitil.”
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3 de abr. de 2009

CE Francisco de Assis

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Convite

O Centro Espírita Francisco de Assis convida a todos assistirem no dia 04 de abril, próximo sábado, às 20 horas, a palestra em homenagem ao Sr. Egydio Gomes Vieira, um dos fundadores deste Centro.

O palestrante será o Sr. José de Mello.

O Centro Espírita Francisco de Assis está localizado a
Rua Antônio Bento, nº 18, Alto do Cristo - Taubaté.
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Equipamento x Talento

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EQUIPAMENTO X TALENTO

Certa manhã, na redação da extinta Revista Manchete, seu fundador, Adolpho Bloch, estava junto à sua equipe de fotógrafos vendo algumas imagens premiadas pelo mundo.

Um dos fotógrafos comentou:
- Mas também, o Sr. Tem que ver o equipamento deles ! Só usam máquinas fotográficas de última geração, top de linha.

Adolpho Bloch então respondeu:
- Ah, é ? Você acha que esta foto está boa por causa do equipamento ?

Em seguida, pegou uma caneta Mont Blanc de ouro em seu bolso. Ofereceu ao fotógrafo e disse:
- Toma ! Escreva, então, um best-seller !
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Colaboração: Ricardo Leão - São Paulo-SP
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Intolerância

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Intolerância

03/04/2009
Pais intolerantes, filhos...
A intolerância é uma chaga social. Os sonhos de harmonia entre os homens batem de frente nos muros da intolerância erguidos pela inflexibilidade das pessoas. As guerras, por exemplo, são as filhas mais diletas da intolerância. Leia-se guerra também os embates domésticos, que freqüentemente ocorrem, avassalando lares. Há tempos é assim. Na Idade Média, época obscura em que a Europa ficou imersa na ignorância, a intolerância era ainda mais abundante. Aqueles que não compartilhassem dos mesmos pontos de vista dos poderosos eram perseguidos e mortos ou forçados a modificar suas opiniões e crenças religiosas. Já na Idade Moderna é ilustrativo o caso de Galileu Galilei. O cientista, ao confirmar que a Terra não era o centro do universo, foi convidado em tribunal a desmentir. Galileu, a contragosto, teve de renegar as suas idéias para que continuasse vivo. Outro exemplo de intolerância ocorreu com a doutrina espírita, que nascia na Europa do século XIX. O auto de fé de Barcelona, em que foram queimados, em praça pública, 300 livros espíritas enviados por Allan Kardec ao livreiro Maurício Lachâtre, espelhou, também, de forma triste, a intolerância de algumas pessoas.

Poucos se atentam, no entanto, de que as raízes da intolerância têm morada nos lares, na educação das crianças. Os pais não raro exemplificam a intolerância aos seus filhos, transmitindo-a em suas atitudes. Pais intolerantes com os filhos, filhos intolerantes para com a vida e o semelhante. Digo isso por que presenciei triste cena em que os pais diziam ao filho não admitir, de forma alguma, seu namoro com jovem de outra religião. O jovem, obviamente, não compreendeu a atitude dos pais. No entanto, em virtude da rígida educação foi forçado a acatar. Terminou o namoro por causa da religião, isso em pleno século XXI. Lamentável. Fico a pensar: Será que este jovem será atingido pela intolerância dos pais? Será que irá copiá-la?

Pode ser que sim, pode ser que não. Porém, a família é nosso primeiro filtro de valores. É na família que aprendemos as primeiras noções de como viver em sociedade. Se os pais atuam na educação do filho transmitindo valores distorcidos, alimentando o preconceito e a intolerância, pode ser que esses jovens, espíritos em processo de educação, configurem em seu íntimo essas irrealidades como verdades absolutas.

O resultado não é difícil de prever: crescerão adultos preconceituosos e intolerantes, mimados e desacostumados a conviver com as diferenças. E, educados dessa forma, os diferentes serão encarados como inimigos ferrenhos. Ou seja, se não pensa conforme meus conceitos é meu oponente. Daí a busca pela eliminação de quem não lê na mesma cartilha. Alguns no emprego puxam o tapete, outros nas instituições boicotam as boas idéias, e assim caminha a humanidade...

Cabe, portanto, aos pais abrir a tela mental e despir-se de preconceitos e modelos mentais obsoletos, porquanto, se a intolerância outrora era justificada pela ignorância, hoje essa desculpa não faz mais sentido. A principal herança que deixamos aos filhos não é a monetária, mas, sim, a herança moral. Pensemos nisso.

O autor, Wellington Balbo, é colaborador de Opinião - http://wellingtonbalbo.blogspot.com
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Fonte:
http://www.jcnet.com.br/detalhe_opiniao.php?codigo=153494
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Mediunidade

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"Uso minha intuição a favor da lei"

A parapsicóloga forense americana ganha popularidade na tevê ao mostrar como ajuda a polícia na solução de crimes hediondos

por Suzane Frutuoso

Em uma noite, mais de 30 anos atrás, a americana Sally Headding preparava o jantar, enquanto ouvia o noticiário na tevê em sua casa, na Califórnia. A reportagem falava de uma menina que estava desaparecida.

“Quando escutei a história, imagens da criança e flashes de seu corpo já morto apareceram diante dos meus olhos, como se fosse um slide de fotos”, lembra.

O marido de Sally, um médico que vinha do plantão no hospital, a encontrou tremendo e chorando. Após ouvir suas explicações, ele quis que ela contasse à polícia qual era a área onde a garota estaria.

“Recusei. Estava certa de que me achariam maluca. Meu marido chamou os policiais e repetiu tudo o que senti”, contou. Às 6 h da manhã seguinte, policiais chegaram à casa dos Headding. Achavam que Sally sequestrara a criança.

O malentendido foi logo desfeito. Desde então, a polícia passou a contatar a parapsicóloga forense, que ajudou a desvendar mais de mil crimes em diferentes países, para auxiliar em investigações.

Sally, 65 anos, se tornou conhecida graças à série Investigadores psíquicos, exibida no Brasil pelo canal Discovery Chanel. Formada em psicologia e doutora em parapsicologia pela Universidade de Berkeley, ela prepara um livro sobre seu dom – ou fardo. Hoje viúva, mãe de uma moça e avó de duas meninas.
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= Artigo completo em: =
Fonte: Revista Isto É
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2055/uso-minha-intuicao-a-favor-da-leia-parapsicologa-forense-americana-129756-1.htm
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Palestra em Taubaté

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José Maria de Medeiros Souza
hoje no Centro Espírita União e Caridade

A comunidade Espírita de Taubaté recebe hoje, dia 27, às 20 h, no Centro Espírita União e Caridade, o Médium e expositor, autor de diversos livros psicografados, José Maria de Medeiros Souza, da cidade de Santo André, que irá proferir a palestra “Doutrina Espírita: Patrimônio Moral da Humanidade” Atual presidente da Instituição Assistencial Espírita Lar Albert Schweitzer na cidade de Suzano – SP, tem entre seus diversos livros psicografados “O Estímulo Essencial” (livro de gênero filosófico), “Mediunidade de A a Z” , “Diário da Consciência” (livro de mensagens) e “Recado aos Médiuns”. A palestra proferida por Medeiros é aberta a toda a população de nossa cidade e região que tem interesse em conhecer um pouco mais sobre a Doutrina Espírita. O Centro Espírita União e Caridade está localizado a Rua Dr. Souza Alves, nº. 142, Centro - Taubaté.
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Fonte:
http://www.diariotaubate.com.br/display.php?id=12798
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2 de abr. de 2009

Palavras de Chico Xavier

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Palavras de Chico Xavier


“O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios.
Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros”.

“Nenhuma atividade no bem é insignificante... As mais altas árvores são oriundas de minúsculas sementes. A repercussão da prática do bem é inimaginável...”

“Para servir a Deus, ninguém necessita sair do seu próprio lugar ou reivindicar condições diferentes daquelas que possui”.

“Os espíritos amigos sempre mostram disposição de nos auxiliar, mas é preciso que, pelo menos, lhes ofereçamos uma base...”

“Muitos ficam na expectativa do socorro do Alto, mas não querem nada com o esforço de renovação; querem que os espíritos se intrometam na sua vida e resolvam seus problemas...”

“Ora, nem Jesus Cristo, quando veio à Terra, se propôs a resolver o problema particular de alguém...”

“Ele se limitou a nos ensinar o caminho, que necessitamos palmilhar por nós mesmos”.

“Nunca quis mudar a religião de alguém, porque, positivamente, não acredito que a religião A seja melhor que a religião B... Nas origens de toda religião cristã está o pensamento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quem seguir o Evangelho... “

“Se Allan Kardec tivesse escrito que “fora do Espiritismo não há salvação”, eu teria ido por outro caminho. Graças a Deus ele escreveu “Fora da Caridade”, ou seja, fora do Amor não há salvação...”

“Devemos orar pelos políticos, pelos administradores da vida pública. A tentação do poder é muito grande. Eu não gostaria de estar no lugar de nenhum deles.”

“A omissão de quem pode e não auxilia o povo, é comparável a um crime que se pratica contra a comunidade inteira. Tenho visto muitos espíritos dos que foram homens públicos na Terra em lastimável situação na vida Espiritual...”

“O desespero é uma doença. E um povo desesperado, lesado por dificuldades enormes, pode enlouquecer, como qualquer indivíduo. Ele pode perder o seu próprio discernimento.
Isso é lamentável, mas pode-se dizer que tudo decorre da ausência de educação, principalmente de formação religiosa.”

“Sem Deus no coração, as futuras gerações colocarão em risco a vida no planeta. Por maior seja o avanço tecnológico da humanidade, impossível que o homem viva em paz sem que a idéia de Deus o inspire em suas decisões.
Devemos fazer tudo para evitar uma guerra, que viria sem dúvida, ser um atraso na marcha progressiva da humanidade. Quando surge uma guerra de proporções maiores, quase tudo se desmantela e, praticamente, tem que ser reiniciado...”

“Gente há que desencarna imaginando que as portas do mundo Espiritual irão se lhes escancarar... Ledo engano!
Ninguém quer saber o que fomos, o que possuíamos, que cargo ocupávamos no mundo; o que conta é a luz que cada um já tenha conseguido fazer brilhar em si mesmo...”

“Existem pessoas que se sentem ofendidas, magoadas por qualquer coisa: à mais leve contrariedade, se sentem humilhadas... Ora, nós não viemos a este mundo para nos banhar em águas de rosas...
Somos espíritos altamente endividados - dentro de nós o passado ainda fala mais alto... Não podemos ser tão suscetíveis assim...”

“Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar... As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas nos auxiliam muito.
Emmanuel sempre me ensinou assim: - Chico,se as críticas dirigidas a você são verdadeiras, não reclame; se não são, não ligue para elas...”

“Graças a Deus, não me lembro de ter revidado a menor ofensa das inúmeras que sofri, certamente objetivando, todas elas, o meu aprendizado, e não me recordo de que tenha, conscientemente, magoado a quem quer que fosse...
Emmanuel sempre me disse: - Chico, quando você não tiver uma palavra que auxilie, procure não abrir a boca...”

“Sabemos que precisamos de certos recursos, mas o Senhor não nos ensinou a pedir o pão, mais dois carros, mais um avião... Não precisamos de tanta coisa para colocar tanta carga em cima de nós. Podemos ser chamados hoje à vida Espiritual...
Tudo que criamos para nós, de que não temos necessidade, se transforma em angústia, em depressão...”

“A doença é uma espécie de escoadouro de nossas imperfeições; inconscientemente, o espírito quer jogar para fora o que lhe seja estranho ao próprio psiquismo...
Na realidade, toda doença no corpo é processo de cura para a alma...”

“Abençoemos aqueles que se preocupam conosco, que nos amam, que nos atendem as necessidades...
Valorizemos o amigo que nos socorre, que se interessa por nós, que nos escreve, que nos telefona para saber como estamos indo...
A amizade é uma dádiva de Deus...
Mais tarde, haveremos de sentir falta daqueles que não nos deixam experimentar solidão!”

“A caridade é um exercício espiritual... Quem pratica o bem, coloca em movimento as forças da alma.
Quando os espíritos nos recomendam, com insistência a prática da caridade, eles estão nos orientando no sentido de nossa própria evolução; não se trata apenas de uma indicação ética, mas de profundo significado filosófico...”

“Tudo o que pudermos fazer no bem, não devemos adiar... Carecemos somar esforços, criando, digamos, uma energia dinâmica que se anteponha às forças do mal...
...Ninguém tem o direito de se omitir...
Uma das mais belas lições que tenho aprendido com o sofrimento: Não julgar, definitivamente não julgar a quem quer que seja”.

“O exemplo é uma força que repercute, de maneira imediata, longe ou perto de nós... Não podemos nos responsabilizar pelo que os outros fazem de suas vidas; cada qual é livre para fazer o que quer de si mesmo, mas não podemos negar que nossas atitudes inspiram atitudes, seja no bem quanto no mal”.

“Sempre recebi os elogios como incentivos dos amigos para que eu venha a ser o que tenho consciência de que ainda não sou...
Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor...
Magoar alguém é terrível!...”

“A gente deve lutar contra o comodismo e a ociosidade; caso contrário, vamos retornar ao mundo Espiritual com enorme sensação de vazio...
Dizem que eu tenho feito muito, mas, para mim, não fiz um décimo do que deveria ter feito...
A questão mais aflitiva para o espírito no Além é a consciência do tempo perdido”.

“Confesso a vocês que não vi o tempo correr... Por mais longa que nos pareça, a existência na Terra é uma experiência muito curta. A única coisa que espero depois da minha desencarnação é a possibilidade de poder continuar trabalhando”.

“Devemos aceitar a chegada da chamada morte, assim como o dia aceita a chegada da noite – tendo confiança que, em breve,de novo há de raiar o Sol...”

“Tudo tem seu apogeu e seu declínio...
É natural que seja assim; todavia, quando tudo parece convergir para o que supomos o nada, eis que a vida ressurge, triunfante e bela!... Novas folhas, novas flores, na indefinida bênção do recomeço!...”

Francisco Cândido Xavier
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Publicado em: Sinapseslinks
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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1 de abr. de 2009

Umbanda

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Umbanda

por Rubem César Fernandes

As primeiras informações registradas sobre a Umbanda datam dos anos 20 deste século e vêm de Niterói, no Rio de Janeiro, Estado onde, em 1941, organizou-se o Primeiro Congresso do Espiritismo de Umbanda.

Estas primeiras notícias, no entanto, faziam já menção à "Macumba", no intuito de diferenciar-se dela, denotando, portanto, a pré-existência de práticas afins. Múltiplas iniciativas, livres de controles hierárquicos, potencializavam a comunicação entre elementos do catolicismo, do Espiritismo Kardecista e das tradições afro-brasileiras. Uma nova linhagem religiosa emergiu deste turbilhão simbólico, apresentando-se dividida, contudo, entre os nomes de "Umbanda" e "Quimbanda" ou, mais vulgarmente, "Macumba".

Embora compartilhando um mesmo conjunto de crenças, estes nomes alternativos indicam uma divisão de sentido. Supostamente, a Umbanda trabalharia "para o bem", enquanto a Quimbanda se distinguiria pela sua intenção de trabalhar "para o mal". Esta é uma interpretação simplista, no entanto, pois a ambivalência entre o bem e o mal parece ser, na verdade, característica dos fundamentos míticos desta corrente religiosa. Concebe-se inserida num ambiente cósmico dividido entre diversas facções que se relacionam através de ataques e defesas místicas. Como ocorre nas disputas de amor e noutras situações competitivas, o bem de uma parte pode ser o mal de outra, e vice-versa.

A mitologia umbandista tem um claro sentido hierarquizante. As entidades religiosas distribuem-se por sete "Linhas", comandadas por um orixá ou santo católico. As linhas subdividem-se em "Falanges" e "Legiões", pelas quais distribuem-se espíritos desencarnados em vários estágios de evolução. O altar principal, chamado "Congá", costuma ser enfeitado com uma grande quantidade de imagens e objetos, ilustrando a complexidade do panteon umbandista. Estes altares podem ter imagens de Cristo, o Guia do Terreiro, Nossa Senhora, santos como São Lázaro, São Jorge, Cosme e Damião, orixás, pretos velhos, caboclos, velas, colares, flores e por vezes ícones cívicos, como a bandeira nacional. A Umbanda surgiu no entre guerras, momento de forte afirmação do Estado nacional, e se assume como religião patriótica.

O culto é feito numa "Gira", composta de música e dança sagradas. Os atabaques marcam o ritmo, os médiuns cantam o "ponto" sob a liderança da Mãe ou Pai de Santo, dançam em roda, e recebem os guias espirituais, funcionando como seus "cavalos" ou "aparelhos". Além de se expressarem dançando a sua energia vital, como ocorre no Candomblé, os guias da Umbanda se apresentam para dar conselhos aos fiéis que se aproximam. Orientam os fiéis e purificam-nos através de "passes", protegendo-os dos ataques místicos de que são vítimas.

A Mãe e algumas filhas de santo mais desenvolvidas costumam receber fiéis para consultas, o que fazem incorporadas pelos seus guias. Os terreiros de Umbanda tornam-se, assim, centros de avaliação e de resolução de uma infinidade de pequenos conflitos que afligem as pessoas em seu cotidiano. São especialistas na identificação das causas dos infortúnios, profundos conhecedores da psicologia social local. Ajudam a conformá-la, inclusive, emprestando-lhe um sentido maior. As competições cotidianas, cujos resultados desiguais semeiam a inveja e o ressentimento, resultam na produção de feitiços, ou mesmo na simples geração de negatividades que fazem mal. O povo da Umbanda (dir-se-ia o povo brasileiro, em larga escala) leva a sério o "mau olhado".

Invenção cultural notável, a Umbanda traz, para a interpretação e resolução de conflitos, personagens "marginais" da hierarquia simbólica dominante: caboclos afoitos, que representam os espaços não domesticados das matas; pretos velhos, escravos já à margem do trabalho, que têm a sabedoria realista de uma vida sofrida; exus e pombas giras, identificados a personagens das ruas, que não se escondem atrás de máscaras sociais bem comportadas e que se movem com facilidade pelos meandros perversos dos conflitos humanos; crianças, que ainda não entraram na idade da razão. São estes os guias para a proteção e o aconselhamento. Distantes das autoridades oficiais, sejam seculares ou sagradas, possuem os poderes que se acumulam nas margens das estruturas burocráticas e simbólicas. São poderes usualmente descartados pelas ideologias oficiais, que encontram abrigo na Umbanda e podem, através dela, dar um sentido positivo à sua experiência e ao seu destino.
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Autor:
Rubem César Fernandes formou-se em História, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fez mestrado em Filosofia, na Universidade de Varsóvia (Polônia), e tornou-se PhD na Universidade de Colúmbia (Nova York). Foi professor na Universidade de Colúmbia, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no Museu Nacional (Rio de Janeiro), na UFRJ e na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). É secretário executivo do Instituto de Estudos da Religião (ISER) e secretário executivo do Viva Rio. Autor, entre outros, de Romarias da Paixão (Rio de Janeiro, Rocco, 1995), Privado Porém Público (Rio de Janeiro, Relume Dumará, 1995), Vocabulário de Idéias Passadas (São Paulo, Relume Dumará, 1995) e Novo Nascimento - Os Evangélicos em Casa, na Igreja e na Política (no prelo).
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Fonte:
http://www2mre.gov.br/cdbrasil/itamaraty/web/port/artecult/religiao/umbanda/index.htm
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Publicado em SinapsesLinks:
http://sinapseslinks.blogspot.com/
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Jesus

Corações Albergados

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